A Nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) é uma inovação do Governo Federal para reduzir as fraudes, melhorar os cadastros administrativos e qualificar o acesso a serviços públicos digitais. O documento possibilita um acesso mais seguro (conta Ouro) aos mais de 4.500 serviços digitais disponíveis no portal GOV.BR. No futuro, os serviços poderão, inclusive, ser ofertados de forma automatizada. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 16 de dezembro, pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a CIN já está nas mãos de mais de 17 milhões de brasileiros.
MELHORA — Uma dessas pessoas é Ana Isabel, estudante de Biblioteconomia da Universidade de Brasília (UnB) e estagiária do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela contou sobre as melhorias proporcionadas após receber a CIN. “Melhorou muita coisa, porque agora a tecnologia conseguiu dar essa possibilidade de as coisas não precisarem ser físicas. Às vezes, a gente não quer levar bolsas, a gente só leva o celular. Enfim, gostei bastante”, disse Isabel sobre a possibilidade de usar a CIN Digital a partir do Gov.br. A estudante, que já tinha uma conta Ouro na plataforma, também usa o Gov.br para realizar inscrições em atividades da universidade.
INTEGRIDADE — Outro brasileiro que já está com a sua CIN é o bebê de oito meses, filho de Pedro Sodré, morador do Guará, uma das regiões administrativas de Brasília. Sodré conta que fez a carteira de identidade do filho porque tem uma viagem marcada e se sentiu mais seguro com o novo documento. “A certidão de nascimento não tem foto, então a gente ficou mais seguro em relação ao RG mesmo. É muito mais confiável e dá para identificar corretamente o bebê. Qualquer coisa que aconteça a gente pode mostrar que ele realmente é nosso filho”, explicou. “Queremos realmente preservar a integridade da nossa cria”, complementou.
SEGURANÇA — Cinthia Oliveira, que é representante comercial, é mais uma pessoa que levou a sua filha para emitir a CIN. A nova carteira será o primeiro documento com foto da Cecília, também expedida por questões de segurança. “Tendo esse documento é mais difícil de uma criança ser levada de um lugar para o outro”, afirmou. Segundo Oliveira, o documento também será utilizado para realizar a adesão a um plano de saúde.
A representante comercial só lamenta não ter levado sua certidão de casamento para também tirar a sua CIN, pois não sabia que a nova carteira possibilita o uso mais seguro do Gov.br. “Achei que com o RG dava para tirar, eu vou ter que voltar o mais breve possível, vou fazer a minha também. O Gov.br eu uso para benefício que eu já tive, para assinatura principalmente de documento, porque lá no meu trabalho eu assino muito documento”, explicou. Para tirar a nova CIN, é necessário levar a sua certidão de nascimento ou de casamento.
IDENTIFICAÇÃO — Já para Davidson José Oliveira de Medeiros, a CIN será útil para identificar o seu tio Dilson Lima, que tem Alzheimer e havia perdido o seu documento anterior. “Nós viemos aqui para tentar facilitar a vida dele, pois a identidade agora vem juntamente ao aplicativo Gov.br e fica muito mais fácil o acesso pelo celular, caso ele venha a perder” contou Medeiros. Para o sobrinho, ter a versão digital da CIN no Gov.br será muito importante para o tio. "Como ele tem Alzheimer, muitas vezes não consegue assinar. E com a nova identidade, ele consegue ter esse acesso”, contou.
COMO TIRAR — Uma das principais inovações da CIN é o seu padrão nacional e número único, que é o CPF. Todas as pessoas têm até o ano de 2032 para fazer a troca do seu documento pela nova identidade, sendo a primeira via gratuita para todos. Atualmente, a CIN é emitida em todos os estados brasileiros. Acesse o
gov.br/identidade e saiba como emitir a sua CIN em seu estado.
IPD — Para automatizar os serviços públicos, o Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, trabalha na construção de uma Infraestrutura Pública Digital (IPD) de Identificação Civil. Essa IPD utilizará a base de dados da CIN e a identificação em meios digitais do Gov.br. Uma IPD é um conjunto de sistemas digitais compartilhados que devem ser seguros e interoperáveis. Esses sistemas podem ser construídos a partir de especificações e padrões abertos, para ofertar acesso equitativo a serviços públicos e privados em escala social.
"O foco do nosso trabalho é simplificar a vida dos cidadãos. Queremos que eles tenham uma visão de governo único quando acessarem o Gov.br, que a plataforma esteja alinhada à jornada de vida da pessoa e essa IPD é fundamental para isso”, disse o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas.
Para o secretário, o Gov.br deve informar sobre o Enem ou sobre como tirar uma carteira de motorista se quem estiver acessando for uma pessoa de 18 anos. “Agora, se for um idoso, a plataforma poderá informar sobre aposentadoria ou sobre a concessão de benefícios. No futuro, esperamos que essa concessão seja até automática, pois um cidadão bem identificado não precisará comprovar que tem direito a um benefício”, complementou.