O ministro Alexandre de Moraes vai manter o sigilo no processo que tem mais de 900 páginas
Foto: Divulgação
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O relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado que tinha como meta manter Jair Bolsonaro (PL) no poder vai nesta segunda-feira (25) para a Procuradoria Geral da República (PGR). O plano também previa assassinar os presidente e vice eleitos (Lula da Silva e Geraldo Alckmin), além do ministro Alexandre de Moraes, que na época presidia o Supremo Tribunal Federal (STF).
A PGR pode optar em unir outros três indiciamentos a Bolsonaro e pessoas do seu entorno nos casos da fraude dos cartões de vacinas e das vendas e compras de joias do acervo presidencial. O ministro Alexandre de Moraes pretende manter o sigilo no processo para que a equipe do procurador-geral Paulo Gonet possa trabalhar sem pressão. A decisão da PGR se aceita ou não a denúncia da PF deve acontecer apenas em fevereiro de 2025.
Denúncia em conjunto
Fontes próximas de Gonet assinalam que o procurador-geral, assim que receber o relatório final do golpe, pretende "analisar tudo em conjunto, ver como tudo se encaixa". Paulo Gonet já tem um farto material dos inquéritos das vacinas e das joias do acervo presidencial ligadas ao ex-presidente e o núcleo próximo.
O inquérito do golpe abarca essas investigações e as apurações sobre fake news, milícias digitais e tramas golpistas ocorridas antes e depois das eleições de 2022.
Juntando os inquéritos, já são três indiciamentos da PF a partir de indícios de crimes nas condutas do ex-presidente. Em nenhum dos casos a PGR apresentou denúncia contra o ex-presidente. Gonet sinalizou a pessoas próximas, após a PF indiciar Bolsonaro no caso das joias, que não pretendia oferecer eventual denúncia durante o período eleitoral.
O procurador-geral quis evitar que uma eventual acusação contra o ex-presidente interferisse nas eleições municipais. A postura foi adotada não somente neste caso, mas em todas as investigações sensíveis em andamento no STF.
Denúncia será em 2025
A avaliação na PGR é que uma eventual denúncia no caso do inquérito do golpe vai ficar para fevereiro de 2025. O tempo seria hábil para “um bom trabalho não se faz sem análise cuidadosa e criteriosa do material colhido — o que exige tempo”, como integrantes da PGR dizem ouvir do próprio Gonet.
O procurador-geral Paulo Gonet e sua equipe irão se debruçar sobre as conclusões dos investigadores. Ao final da análise, caberá ao procurador-geral decidir se denuncia o ex-presidente e os demais investigados pelos crimes apontados pela PF. Ele também pode pedir o arquivamento das investigações ou solicitar mais diligências aos investigadores.
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