GARIMPO: Conheça a extração de ouro sem mercúrio na capital

A mineração do ouro no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), é prejudicial ao meio ambiente. O mercúrio, metal utilizado durante o processo de extração, é altamente pernicioso para o solo e água, além de ser tóxico para seres humanos. Entretanto, a Rio Madeira Ecologic Gold propõe uma alternativa menos danosa ao planeta.

O depósito de ouro do Rio Madeira é classificado como ‘ouro aluvial’. É uma espécie de ouro em pó, encontrado no fundo de um córrego ou ribeirão. 

De acordo com o diretor da empresa, Dr. Marcos Pereira, o método utilizado para a extração do ouro de aluvião é o método mais ambientalmente correto de mineração, tendo em vista os menores impactos ambientais resultantes em comparação a outros tipos de mineração.

A primeira etapa da mineração do ouro de aluvião consiste em recolher o material do leito do rio dragado e separar a fração pequena de areia (onde o ouro é encontrado) da fração mineral maior. Em um processo típico, métodos de separação física como peneiramento e separação por gravidade são usados para separar o ouro da fração mineral.

A empresa desenvolveu e está patenteado, desde fevereiro de 2022, um equipamento especial para extração de ouro aluvionar, sem o uso do mercúrio e de qualquer outro tipo de poluente. Supostamente, sem qualquer degradação ou poluição ambiental. O projeto está em andamento há mais de 15 meses, com previsão de início das operações a partir de novembro de 2023.

A demanda para o ‘ouro limpo’ é promissora, e a Rio Madeira Ecologic projeta uma produção anual inicial de aproximadamente 06 toneladas de ouro, e poderá dobrar a produção a cada 12 meses ou menos, dependendo dos investimentos feitos.

De acordo com a empresa, apenas em Rondônia, mais de 39 toneladas de ouro extraídas do Rio Madeira, são contrabandeadas por ano, sem que o Estado e sua população obtenham qualquer benefício pelo exaurimento dessa riqueza.