SUPERAÇÃO: Jovem com paralisia cerebral passa no ENEM e mãe deixa trabalho para levá-lo a faculdade

Sabe aquela máxima de que a dificuldade te faz mais forte? O jovem Rafael Douglas, de 25 anos, nascido com paralisia cerebral ralou muito para estudar em escola pública, passou no Enem e agora vai cursar ciências da computação, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Rafael é um tapa na cara daqueles que defendem os que prefere o caminho do crime, fingindo-se vítima da sociedade. Rafael, ‘O Imparável’, como o chama sua mãe, uma diarista que cria a família de cinco filhos e mais um sobrinho sozinha, tem paralisia cerebral, mas está aprovado no ENEM e sua mãe, para ajudá-lo a realizar seu sonho, deixa o trabalho para levá-lo à faculdade todos os dias.

Rafa é só alegria, mas não desenvolveu a fala e tem tetraplegia espástica (dificuldade para mexer os braços e pernas). Ele mora com a mãe, mais quatro irmãos e um primo em Cuiabá, capital do estado, e seu sonho é dar uma vida melhor a família que passa tantas dificuldades.

Rafa escreve usando apenas o dedo do pé e conseguiu estudar e passar no curso de Ciências da Computação na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Rafael se formou em uma escola pública e conseguiu, sozinho, escrevendo apenas com o dedo do pé, estudar para conseguir uma vaga no disputado curso. Ele usa um teclado adaptado a um celular, onde digita, e foi dessa maneira que ele também se inscreveu para o Enem.

Dona Carmem, a mãe de Rafael, faz de tudo para apoiar e incentivar o filho. Ela, que é diarista e cria sozinha os seis filhos e um sobrinho, largou algumas diárias que faz como faxineira para acompanhá-lo no trajeto de uma hora e quarenta minutos — pegando dois ônibus e fazendo uma longa caminhada em uma estrada de terra — para chegar até à faculdade todos os dias.

A história de Rafael comoveu a web e uma ‘vaquinha’ virtual foi criada com o objetivo de comprar um computador com leitor óptico para que ele possa estudar; um carrinho para facilitar seu transporte pela mãe até a faculdade e reforma e adaptação da casa onde vivem. Até a publicação desta reportagem, já foi arrecado cerca de R$ 71 mil.

 

 

 

 

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