VATICANO: Papa Francisco diz que Lula foi condenado injustamente e elogia Dilma

No ano passado, o religioso já havia afirmado que o julgamento que levou o presidente Lula à prisão, em 2018, começou por conta de fake news. Ele reiterou o posicionamento

VATICANO: Papa Francisco diz que Lula foi condenado injustamente e elogia Dilma

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

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O papa Francisco disse, em entrevista à rede argentina C5N, na última quinta-feira (30), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado injustamente e que a ex-presidente Dilma Rousseff tem "mãos limpas" e é uma "mulher excelente". As declarações ocorreram após o pontífice ser questionado sobre o termo "lawfare", que se refere à manipulação de leis para promover uma perseguição política.

 

"Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Faz-se todo um sumário, um sumário enorme. Para condenar, basta o tamanho desse sumário. 'Onde está o crime aqui?' Assim condenaram Lula", afirmou o papa, que recebeu alta neste sábado (1º/4), após ficar internado devido a uma bronquite.

 

"Às vezes, a fumaça do crime te leva ao fogo e outras vezes é uma fumaça que se perde porque não há fundamento", acrescentou o líder da igreja católica. No ano passado, o papa Francisco afirmou ao jornal espanhol ABC que o julgamento que levou Lula à prisão começou com fake news. "Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça. Esse caso do Brasil é histórico", disse à época.
 
 
Em abril de 2018, Lula foi preso sob acusação de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Em novembro de 2019, após 580 dias detido na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, ele foi solto. No ano de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do ex-presidente na Lava Jato baseado nos entendimentos do magistrado de que o então juiz Sergio Moro foi parcial no processo e de que os casos tramitaram fora da jurisdição correta. Com isso, o petista se tornou elegível para disputar o pleito de 2022. 
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