O cenário parece favorável para as contas no fim do mês: leis recentemente aprovadas que alteram as tributações de itens como energia elétrica e trouxeram a promessa de contas de luz mais baratas neste ano. A devolução do PIS/Confins cobrado a mais de consumidores -, além das normas que preveem limites para aplicação do ICMS da energia pesam nos valores mais amenos.
Contudo, frente ao resto do mundo, a diminuição não foi capaz de mudar o custo desnivelado: os brasileiro pagam a 2ª conta de eletricidade mais cara do mundo.
Segundo um estudo dados da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), compilados pela
Cupom Válido, nos últimos cinco anos, o custo da energia elétrica no Brasil aumentou em 47%.
Este aumento significativo contribuiu para que o país subisse no ranking mundial, e chegasse na atual posição de 2ª país que com o custo da energia elétrica mais caro do mundo, apenas atrás da Colômbia.
Além da Colômbia e Brasil, no topo do ranking entre os mais caros estão: Turquia (3º), Chile (4%), e Portugal (5%).
No lado oposto, entre os 5 países com a energia mais baratas, estão: Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá e Suíça, respectivamente.
Por que a conta de luz é tão cara no Brasil?
Segundo o estudo, do total do custo pago pelos consumidores, apenas 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição da energia.
Os vilões estão nos outros 46,5% restantes, que são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências.
Somente referente ao furto de energia, estima-se que em 2022 as perdas somarão mais de R$5.4 bilhões.