PÂNICO: Caminhoneiro passa dias com caminhão atolado e rodeado de onças

Isso aconteceu no Pantanal do Mato Grosso, após o caminho ficar preso na lama, em um estrada isolada da região

PÂNICO:  Caminhoneiro passa dias com caminhão atolado e rodeado de onças

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

“A minha situação aqui não está boa não: onça, apareceu um trem preto ali agora, acho que é porco do mato, sei lá o que que é….dentro da cabine, quietinho aqui, o trem tá feio pro meu lado….parece que vai chover, acabou a minha água….”.

 

O relato é do caminhoneiro Milton Reinoldes, de 50 anos, que ficou com o caminhão atolado em uma estrada vicinal, no Pantanal sul-mato-grossense. O fato, segundo ele, ocorreu por 3 dias. Sem sinal de internet, ele diz que intercalava o medo e a esperança neste último fim de semana, quando o socorro chegou e retirou o caminhão do local, na segunda-feira (21). 

 

“O caminhão atolou logo cedo, por volta das 9h. Estava em uma estrada vicinal no Pantanal, uns 50 km após Miranda e ainda faltando mais uns 60 para chegar no meu destino. Fiquei lá sozinho, com a porta do caminhão fechada e as onças esturrando. Primeiro vi uma e depois, quando anoiteceu, a outra”, contou Milton ao Jornal Midiamax. 

 

Na ocasião, Milton relembrou uma orientação de não acender as luzes caso encontrasse uma onça, já que ela poderia ver algum reflexo e bater no vidro. “Eu tenho 30 anos como caminhoneiro e fiz muito uma rota no Mato Grosso, então, já tinha avistado onças. Só que assim, de perto, nunca. Então eu tive medo sim, ali era o habitat delas e me lembrei de não ligar a luz para elas não acertarem o para-brisa”, contou. 

 

Durante o dia, Milton fala que conseguiu sair algumas vezes do caminhão e, rapidamente, fez um café para tomar. “Eu joguei uma água no corpo rápido, fiz o café e voltei para a cabine. Quando não tinha a onça, tinha a chuva. E nestes dias apareceu um carro e eu pedi para ligar para a empresa e levar socorro. Teve até um trator que usaram para tentar desatolar o caminhão, só que não deu certo”, alegou. 

 

Após 72 horas de espera, Milton diz que a carreta foi desatolada. “Eu tive uma grande lição ali, de que devemos respeitar a natureza. Em uma das noites, elas ficaram esturrando o tempo todo, não tinha como dormir. Só que ali é o lugar delas. Hoje, graças a Deus, já voltei ao trabalho e estou no interior de São Paulo. Vou voltar pra casa só neste fim de semana e aí eu vou descansar”, argumentou o motorista. 

 

Inicialmente, a reportagem teve acesso ao vídeo, porém, este estava em câmera lenta. A edição então colocou o vídeo em sua forma original. O caminhoneiro, no entanto, disse que, em meio ao nervosismo que passou, não sabe dizer se colocou para gravar em câmera lenta ou não.

 

“Eu sei o que eu passei. Eu sei onde eu estava e, se for preciso, informo onde era o local e as pessoas vão saber que as onças estavam lá. Ali é a casa delas, é o Pantanal. Fiz este vídeo, na verdade, para minha família entender o que estava acontecendo comigo. Só que eu passei para um amigo e depois deu toda essa repercussão aí. Quem é do trecho e conhece o Pantanal, sabe muito bem o que a gente passa”, finalizou.

 

Veja o vídeo: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Rondoniaovivo quer saber: quantas vezes você, leitor de Porto Velho, acessa o jornal por dia?
Onde você pretende comemorar o Natal?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS