PERPÉTUA: ‘Chance de pena de morte é quase zero’, diz advogado de brasileira na Tailândia

Já risco de prisão perpétua depende do entendimento do magistrado que fará o julgamento.

PERPÉTUA: ‘Chance de pena de morte é quase zero’, diz advogado de brasileira na Tailândia

Foto: Divulgação

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Mary Hellen Coelho da Silva, de 21 anos, presa na última semana na Tailândia acusada de tráfico internacional de drogas, não corre o risco de enfrentar o corredor da morte no país, segundo Telêmaco Marrace, novo advogado contratado pela família da jovem.
 
“A chance de ela ter pena de morte é quase zero. De ela ter uma prisão perpétua depende do entendimento do magistrado que vai fazer o julgamento, mas eu acho também muito difícil. Numa escala aí de 0% a 100%, 80% de ela não ter”, comentou o advogado em entrevista concedida ao portal Terra do Mandu.
 
Ainda segundo o defensor, o risco de a garota ter de cumprir cinco anos de detenção e pagar uma multa, do dinheiro tailandês, seria realmente plausível. “Mas, existe a possibilidade de ser concedido pra ela o perdão real, porque lá é Monarquia Constitucional, para que ela possa retornar ao Brasil”, completou Marrace.
 
O advogado já atuou em casos de tráfico internacional, como o de Morgana Santos, moradora de Canelinha, presa na Itália em 2016.
 
Entenda o caso
 
Mary Hellen e mais dois brasileiros foram presos no Aeroporto de Bangkok na semana passada com 15,5 quilos de cocaína e todos foram indiciados por tráfico internacional de drogas.
 
Na Tailândia, assim como na Indonésia e outros países do leste asiático são muito pouco tolerantes com traficantes e punem o crime de tráfico internacional com prisão perpétua ou até mesmo com a pena de morte, dependendo da quantidade apreendida e do entendimento dos juízes. O caso ainda será julgado pelas autoridades tailandesas e a decisão pode demorar meses.
 
‘Desesperador’, diz irmã
 
Mariana Coelho, irmã de Mary Hellen, afirma que a família vem sofrendo com a notícia da prisão da jovem. Também em entrevista ao veículo mineiro, na segunda-feira (21), ela disse que o momento tem sido desesperador, ainda mais depois de saber das leis da Tailândia.
 
“Tem sido dias muito difíceis, porque eu fui pesquisar a fundo pra saber o país que ela estava, sobre as leis. Está sendo desesperador, tanto pra mim quanto para minha família, sabendo que a menina de 22 anos corre risco de vida, prisão perpétua, estão sendo muito pesados esses dias”, afirmou Mariana.
 
A irmã de Mary contou ainda que a família ficou sabendo da prisão em áudio enviados por ela mesma enquanto ainda estava detida no aeroporto de Bangkok, no domingo (13). A irmã disse que não sabia que Mary Hellen estava fora do país. Ela pensava que Mary havia ido para Curitiba, no Paraná, encontrar um rapaz. “Não sabia que ela ia fazer uma viagem internacional, que ela nunca saiu do Brasil”, disse Mariana.
 
À reportagem, Mariana afirmou que a família não teve mais nenhuma notícia da jovem depois dos áudios. A mãe delas, que luta contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa.
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