ALERTA: Moda de caminhão arqueado traz risco de acidentes fatais nas estradas

Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA) alerta questão, considerada por especialistas de trânsito como “máquina de matar”

ALERTA: Moda de caminhão arqueado traz risco de acidentes fatais nas estradas

Foto: Divulgação

Acidente na BR-116, em Curitiba (PR), um mês atrás e que vitimou fatalmente um casal, reacendeu o alerta a uma tendência entre caminhoneiros, considerada por especialistas de trânsito como uma “máquina de matar”: o caminhão arqueado. A prática consiste em elevar os eixos traseiros e deixar a frente rebaixada.
 
 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ressalta que o trânsito de caminhões com a traseira elevada constitui grave risco à segurança viária. A prática altera a estabilidade do veículo, aumentando o risco de tombamentos e saídas de pista.
 
 
Ainda de acordo com a PRF, a alteração reduz a eficiência do para-choque traseiro em caso de colisões traseiras, agravando as lesões e aumentando a probabilidade de morte de ocupantes de veículos que sigam à sua retaguarda, pelo chamado 'efeito guilhotina'.
 
 
No caso ocorrido no Paraná, um caminhoneiro, com suspeita de ter sofrido um mal súbito ao volante, bateu na traseira do caminhão arqueado de seu pai. Apesar das desconfianças, a autópsia não apontou mal súbito. A causa da morte, segundo o pai da vítima, foi falências múltipla dos órgãos, causada pelo trauma no peito.
 
 
Acidentes de trânsito estão entre as principais causas de politraumatismos, situação com grandes chances de óbitos e, quando a vítima sobrevive, de lesões irreversíveis, salienta a Diretoria da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA).
 
“O politraumatismo é qualquer tipo de situação em que exista lesão grave de ao menos dois órgãos ou duas partes distintas do corpo, levando muitas vezes a uma condição de esgotamento da capacidade fisiológica de equilíbrio orgânico, o que eleva a taxa de mortalidade nesta população. Além disso, sobreviventes de politraumatismos poucas vezes retornam à vida comum. Na maior parte dos casos, a vítima precisa conviver com uma série de sequelas deixadas pelo acidente”, explica o Dr. Gustavo Tadeu Sanchez, diretor do TRAUMA.
 
 
O traumatologista salienta que o alto risco de sérios acidentes envolvendo caminhões arqueados precisa ser cada vez mais evidenciado, com amplas ações de conscientização e de fiscalização para que a prática seja banida.
 
 
“O caminhão arqueado é uma modificação puramente estética e que traz uma enorme possibilidade de acidentes gravíssimos, incapacitando pessoas que, porventura, sobrevivam ao acidente, e ceifando vidas, como no triste acontecimento no Paraná”, conclui.
 
 
Em 20 de março de 2014, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a Resolução 479, que permite que caminhões sejam arqueados, porém com diversos limites, como por exemplo, que caminhões sejam elevados em dois graus, o que na prática representa 3,5 centímetros por metro de comprimento.
 
 
Com isso, um caminhão que possui uma carroceria de 8 metros de comprimento poderá ter uma diferença de 28 centímetros de altura do começo até o final da carroceria. Porém, recentemente, nas redes sociais, viralizou o caso de um caminhoneiro que arqueou sua carreta a mais de 3 metros do chão.
 
 
A Diretoria do TRAUMA reitera a necessidade premente de que, em paralelo à adoção de medidas de educação e de conscientização dos motoristas, os órgãos responsáveis pela fiscalização e pelo controle das estradas de rodagem tomem as medidas legais cabíveis àqueles infratores que insistam em manter esta e outras ações de desrespeito no trânsito.
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