DEVASTAÇÃO: Desmatamento na Amazônia em setembro chega perto de 1000 km²

Sistema de alertas Deter indica que este é o segundo pior setembro da série histórica. Números ficam atrás apenas de 2019, quando os alertas indicaram perda de 1.454 km²

DEVASTAÇÃO: Desmatamento na Amazônia em setembro chega perto de 1000 km²

Foto: Ilustrativa

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O desmatamento na Amazônia em setembro voltou a bater quase 1.000 km², segundo dados divulgados na última sexta-feira (8) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os alertas do sistema Deter indicaram perda de 984,6 km² no mês, o segundo pior setembro desde 2015. Os números ficam atrás apenas de 2019, quando a área perdida foi de 1.453 km².
 
Os alertas de desmatamento, de fato, tiveram um salto na gestão Bolsonaro. A média de alertas dos três anos da atual gestão, para o mês de setembro, é 85% maior que os três anos anteriores a 2019.
 
O efeito da política do governo federal, claramente contrária ao clima, à biodiversidade e aos povos da floresta fica evidente quando observamos os alertas de desmatamento. Basta comparar os três anos pré e pós governo Bolsonaro para comprovar que o patamar de destruição assumiu níveis muito superiores, e inaceitáveis perante à emergência climática que vivemos no Brasil e no mundo”, diz Cristiane Mazzetti, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace.
 
O estado que mais acumulou alertas foi o Pará, com 328 km² de área perdida. Em seguida vem o Amazonas, com 229 km², e Rondônia, com 209 km².
 
Os alertas mensais, no entanto, não dão uma noção clara sobre o quadro geral de destruição. Em agosto, por exemplo, os alertas indicaram queda de 32% em relação ao mesmo mês do ano passado. O dado, inclusive, foi comemorado por Bolsonaro na Assembleia da ONU. Mas a tendência de queda só é verificada quando acontece mês a mês, de forma consistente.
 
No acumulado do ano (janeiro a setembro), a Amazônia já perdeu 7.010 km², quase o mesmo valor registrado em 2020, quando foram perdidos 7.063 km² no mesmo período. A média dos três anos de Bolsonaro (2019/2020/2021) é 91% maior do que os três anos anteriores à atual gestão (2016/2017/2019), quando considerado o mesmo período (janeiro a setembro).
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