MALDADE: Catequista indígena morre após ser agredido a paulada por grupo de homens

Segundo a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), o catequista era defensor dos índios e foi brutalmente agredido a pauladas por criminosos, atrás de uma feira do bairro

MALDADE: Catequista indígena morre após ser agredido a paulada por grupo de homens

Foto: Divulgação

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 O indígena da etnia Tuyuca, Humberto Peixoto Lemos, 37, morreu na tarde de sábado (7), após passar 5 dias internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio depois de ter sido agredido no bairro Coroado, zona Leste de Manaus.

 

Segundo a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), o catequista era defensor dos índios e foi brutalmente agredido a pauladas por criminosos, atrás de uma feira do bairro. Ele estava a caminho de casa quando o crime ocorreu. Além de ser catequista, Humberto trabalhava na Cáritas Arquidiocesana de Manaus, como assessor da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus (PIAMA). As motivações do crime estão sendo investigadas.

 

No sábado, a COMIPE emitiu uma nota contra a tortura que Humberto Tuyuka sofreu. Confira:

 

"A Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno – COPIME vem a público manifestar todo seu repudio e indignação contra a tortura e brutal espancamento sofrido pelo parente Humberto Tuyuka, no dia 02/12, as 15hs próximo de sua casa, no bairro Coroado, que o levou a óbito no dia de hoje, 07/12, as 8hs10min, no Hospital João Lúcio.

 

Humberto Peixoto Lemos, do povo Utãpinopona - filhos da Cobra de Pedra ou Tuyuka, de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, trabalhava na Cáritas Arquidiocesana de Manaus, como assessor da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus – PIAMA. Membro da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno – COPIME, representava os povos indígenas como conselheiro suplente no Conselho Municipal de Manaus – CMS/MAO.

 

Humberto é mais uma vítima da crescente onda de violência praticadas contra os Povos Indígenas e a Mãe Terra. Uma violência muitas vezes apoiada pelo discurso de ódio contra as minorias de um sistema que desmonta direitos, monitora e criminaliza as lideranças e organizações e mata. Dessa forma entendemos que está legalizado as perseguições às lideranças e o processo de criminalização contra as mesmas, uma vez que a atual conjuntura política do país facilita.

 

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) este ano o número de assassinatos de indígenas no Brasil aumentou de 110, em 2017, para 135, em 2018, um crescimento de 22,7%, o levantamento listou ainda, no ano passado, 22 tentativas de assassinato, 18 homicídios culposos, 15 episódios de violência sexual, 17 casos de racismo e discriminação étnico-racial, 14 ameaças diversas, 11 situações de abuso de poder e oito ameaças de morte. Um número cada vez mais crescente e assustador.

 

Diante dos fatos, EXIGIMOS que o Estado e o Ministério Público Federal - MPF, tome as devidas providencias, fazendo justiça, punindo os autores dessa barbárie. Não aceitamos mais tanta violência praticada contra nosso povo, tanto sangue derramado por nossas lideranças que escorrem no chão da Amazônia, no Brasil e Pan-Amazônia. Chega! Basta!

 

Para a COPIME fica a certeza que a morte não é o fim da luta, ela revigora mais forte naqueles que ficam e no Espirito de nossos ancestrais que nos fortalecem para a nossa RESISTÊNCIA milenar. Humberto Lemos, Presente! Presente! Presente!"

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