Grupo é suspeito de invadir fazenda e manter funcionários em cárcere privado

A ação foi batizada de “Castra” e ocorre em em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, no Paraná; e também em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

Grupo é suspeito de invadir fazenda e manter funcionários em cárcere privado

Foto: Divulgação

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A Polícia Civil do Paraná faz uma operação na manhã desta sexta-feira (4) contra integrantes do MST suspeitos de participar de uma organização criminosa investigada por furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, entre outros crimes.

A ação foi batizada de “Castra” e ocorre em em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, no Paraná; e também em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.

Os alvos da operação são integrantes do Movimento Sem Terra (MST), entre eles o vereador Claudelei Torrente de Lima (PT), que foi o mais votado nas eleições deste ano em Quedas do Iguaçu. Ele foi preso por volta das 7h30.

Um dirigente nacional do MST também está entre os alvos da operação, segundo a polícia.

Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão, 10 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Até as 8h, sete pessoas tinham sido presas ao todo.

O advogado Claudemir Torrente Lima, que defende os investigados do MST, disse que ainda não teve acesso aos autos e que só vai se manifestar após conversar com os seus clientes. “Vou participar da audiência de custódia e depois vamos ver o que fazer, mas todas essas prisões são políticas”, argumentou.

Investigação

A investigação começou em março deste ano após uma invasão em uma fazenda que fica em Quedas do Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, os investigados são suspeitos de manter os empregados do local em cárcere privado sob a mira de armas de fogo por várias horas. O dono da propriedade disse à polícia que após a invasão sumiram cerca de 1,3 mil cabeças de gado e que teve um prejuízo estimado em R$ 5 milhões no total de danos à propriedade.

Os alvos da operação, ainda de acordo com a polícia, também cobravam uma taxa de até R$ 35 mil ou sacas de grão para autorizar que os donos da fazenda fizessem a colheita da própria plantação.

 

 

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