Ontem à tarde (terça-feira, 31), na cidade de Rio Verde (GO), no km 390 da BR 060, foi abordado um veículo VW Gol, que realizava a escolta armada de uma carga 37 mil quilos de estanho, avaliada em mais de 2 milhões de reais.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Ontem à tarde (terça-feira, 31), na cidade de Rio Verde (GO), no km 390 da BR 060, foi abordado um veículo VW Gol, que realizava a escolta armada de uma carga 37 mil quilos de estanho, avaliada em mais de 2 milhões de reais.
O carregamento vinha de Rondônia e estava sendo levado para o porto de Santos, de onde, posteriormente, seguiria para a Holanda. Realizando a escolta, havia três vigilantes, um de 31 e dois de 34 anos, que trabalhavam há sete dias, de maneira ininterrupta, em jornada exaustiva, na vigilância da carga e na direção do veículo.
Eles dirigiam o dia todo e, à noite, ainda precisavam se revezar na vigilância da carga. Todos eram obrigados a dormir dentro do veículo Gol, não recebiam adicional noturno e contavam com um pequeno auxílio-alimentação. Dois deles, na verdade, estavam há 15 dias trabalhando sem parar, pois já vinham de uma outra viagem.
A PRF, juntamente com o Ministério do Trabalho, concluiu que tratava-se de um caso em que estava clara a agressão à saúde e à segurança dos trabalhadores, que recebem mensalmente R$ 1.700,00 brutos para suportar tal jornada degradante, sem período de descanso e convívio social.
A empresa responsável pelo minério, que tem sede em Goiânia (GO), foi autuada por ambos os órgãos de fiscalização. É bom lembrar que o art. 149 do Código Penal define que reduzir o funcionário à condição análoga à de escravidão é submetê-lo a trabalhos forçados ou jornada exaustiva, sujeitando-o à condição degradante ou reduzindo sua possibilidade de locomoção.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!