Sequestrador libera refém após 8h de negociações em Brasília

Sequestrador libera refém após 8h de negociações em Brasília

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Foto: Divulgação

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Identificado como ex-candidato a vereador em Tocantins, sequestrador apresentou reivindicações desconexas, como a extradição de Cesare Battisti e a realização da reforma política

Após oito horas de negociações, Jac Souza dos Santos liberou o homem que mantinha como refém no Hotel Saint Peter Brasília e se entregou à Polícia Civil, por volta das 16h desta segunda-feira (29). O sinal de que se renderia ocorreu pouco antes, quando apareceu na sacada de um quarto do 13º andar com os braços abertos, a arma já dentro da calça e o refém solto.

Segundo o Delegado Paulo Henrique de Almeida, da Divisão de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal (DF), Santos será encaminhado ao 5º DP, na Asa Norte. Candidato a vereador pelo PP no município de Combinado (TO) em 2008, ele teria dito aos negociadores que se entregou ao perceber que poderia ser morto se continuasse com a ação.

O funcionário que foi feito refém, um mensageiro de 49 anos, deixou o local ao lado da mulher, em um carro da polícia. Ele afirmou não ter sofrido agressões, mas foi encaminhado a um hospital, de onde deve seguir para prestar depoimento à investigação.

O caso 
O sequestro começou por volta das 8h, quando Santos adentrou o hotel e rendeu um um mensageiro do local, com uma réplica de arma de fogo. Na sequência, ele acoplou um colete que afirmava conter explosivos no corpo do refém e passou a fazer ameaças.

Os hóspedes do hotel, localizado na zona central da capital federal, foram forçados a evacuar o prédio às pressas, por volta das 9h30, sob a justificativa de haver um vazamento de gás no local. Eles só foram informados dos detalhes do caso na rua.

Uma força-tarefa foi montada para o caso, incluindo três especialistas em negociação – um deles perito em bombas – incumbidos de conversar diretamente com o sequestrador. A Polícia Federal também foi acionada para ajudar nos trabalhos.

Nas negociações com, Santos, que ameaçava explodir as  supostas dinamites até as 18h, apresentou uma série de reivindicações desconexas. Entre elas, a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, a aplicação da Lei da Ficha Limpa, a queda da presidente Dilma Rousseff e a realização de uma reforma política no País.

A Polícia Federal passou o final da manhã tentando contato com familiares do sequestrador, que vivem na zona rural de Combinado. De acordo com conhecidos, Santos não aparecia na cidade havia tempos e disse recentemente que viajaria para Brasília. Os relatos apontam que ele vinha se mostrando “confuso”. Segundo o delegado, ele chegou a deixar três cartas de despedida a familiares nas quais se desculpava antecipadamente por seus atos.

O delegado informou que a arma usada que os supostos explosivos serão submetidos a uma perícia para confirmar se são reais. Em caso positivo, eles serão explodidos pela polícia.

 

 

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