ESTUPRO COLETIVO - Jovem revela terror vivido no ônibus da banda New Hit

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Foto: Divulgação

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As garotas já prestaram depoimento em Ruy Barbosa, onde ocorrem as audiências.
A reportagem de A TARDE teve acesso, com exclusividade, ao depoimento de uma das jovens de 16 anos - a que era virgem - que acusam nove músicos da New Hit de estupro. Nas declarações feitas à juíza Márcia Simões, na segunda-feira, 18, em Ruy Barbosa, a garota revela detalhes do terror vivido no ônibus da banda com a amiga.
 



A vítima relata que foi a Ruy Barbosa de van, com a amiga e uma prima dessa amiga, e se hospedou na casa de um outro amigo. Apesar de curtir as músicas da New Hit, elas foram à cidade para participar da micareta.
 
Na festa, fez amizade com um cordeiro e então conseguiu subir no trio da New Hit. Fizeram fotos com o celular da amiga e pediram a um dos membros da banda, Willian Ricardo de Farias, conhecido como Bryan, para tirar fotos, mas ele convidou as meninas para o ônibus do grupo, pois outra banda iria tocar no trio. Assim que entraram no ônibus, Dudu e Alanzinho pegaram na bunda dela. A garota disse que não gostou e perguntou se eles costumavam fazer isso com todas as fãs. Os dois apenas deram risadas, sem dar importância.
 
Na hora da foto, Dudu colocou novamente a mão na bunda e ela retirou, ele então apertou. Bryan chamou as duas e alguns músicos para o fundo do ônibus, alegando que a iluminação era melhor para fotos. Ela lembra que era aniversário do dançarino Guiga, que foi homenageado no show.
 
Não queria perder a virgindade - No fundo do ônibus, seguranças tentaram retirar as garotas, mas os músicos liberaram a presença delas. Em nenhum momento do depoimento, a vítima reconhece o PM Carlos Frederico como um dos seguranças.
 
Dudu pediu para ela sentar e os dois se beijaram. Não houve carícia e ela enfatiza que em nenhum momento falou que queria fazer sexo e perder a virgindade com o vocalista. Duas pessoas colocaram um pano branco no fundo do ônibus, empatando o local de ser visto por quem estava na frente. O comportamento de Dudu teria mudado a partir desse momento.
 
Algumas pessoas inclinaram os bancos, e a luz foi apagada. John, que estava no banco atrás dela, segurou as mãos da garota e tentou colocar o pênis na boca da menina, que abaixou a cabeça. Ela diz que alguém puxava o cabelo dela, para levantar a cabeça. Enquanto John fazia isso, Dudu partiu para cima dela. Ela gritou, mas ninguém ouviu. O trio tocava alto na praça.
 
Sangue na calcinha - Com o pano branco tapando tudo, o músico John segurou as mãos da garota e tentou colocar o pênis na boca dela, que abaixou a cabeça. Ela diz que uma pessoa puxava o seu cabelo, para levantar a cabeça. Enquanto isso, Dudu partiu para cima dela.  A vítima usava um body preto, duas calcinhas e uma saia cinza.
 
Ela diz que Dudu afastou o body e as calcinhas e a penetrou com força. A garota não sabe dizer se o vocalista ejaculou dentro da vagina, mas informou que os braços, saia e body ficaram sujos de sêmen. Enquanto era penetrada por Dudu, John se masturbava e tentava colocar o pênis na boca dela. A garota recebia tapas no rosto e na bunda e viu sangue na calcinha e não estava menstruada.
 
Pílula do dia seguinte - Pouco depois do estupro, seguranças afastaram a vítima. Alguém disse que os seguranças seriam loucos se a deixassem sair suja daquele jeito. Uma outra pessoa a teria levado para o banheiro, dito: "Você gosta de dar para cantor", e exigido que ela praticasse sexo oral. Até então, a garota não sabia o que se passava com a amiga, que já estava na porta do ônibus para sair.
 
Quando estava indo embora, Alanzinho bateu na bunda dela e Bryan abaixou o body. Ela ainda ouviu piadinhas, para que tomasse a pílula do dia seguinte, pois "a gala deles era grossa".
 
Encontro com a amiga - Ao reencontrar a amiga, a mesma estava chorando. Sujas de sêmen, pediram para usar o banheiro de uma pousada, mas não contaram nada, com vergonha. A amiga disse que foi forçada por Bryan a entrar no banheiro, onde foi estuprada. Entravam de dois em dois. Um segurava e o outro penetrava.
 
A prima da amiga foi quem teve a ideia de denunciar o caso. Na delegacia, a vítima reconheceu Dudu, Bryan, Alanzinho e John. Guiga foi reconhecido pela amiga. Questionada pela juíza por que ficou no ônibus após Dudu passar a mão nela, a jovem disse que pensou que não passaria daquilo.
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