Homens do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio reforçam desde o fim da noite de segunda-feira o policiamento no Complexo do Alemão. Por volta das 21h, a soldado Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos, lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Nova Brasília, foi atingida por um tiro de fuzil supostamente disparado por traficantes e morreu pouco depois de ser socorrida por colegas. Foi o primeiro caso de morte de um policial em serviço numa UPP.
O chefe do Comando de Polícia Pacificadora, coronel Rogério Seabra, afirmou que Fabiana estava no seu setor de policiamento quando foi atingida e não estaria pedindo ajuda pelo rádio, conforme havia sido divulgado anteriormente. Seabra não especificou quantos policiais atuam no reforço da segurança no local. "A ação de pacificação é um processo irreversível. Continuamos no propósito de identificar os bandidos que atacaram covardemente a policial. Contamos com a ajuda da população para fornecer informações ao Disque Denúncia", disse o coronel.
Segundo moradores da região, o confronto entre os traficantes e a polícia durou cerca de 40 minutos. Os homens atiraram contra a sede da UPP em Nova Brasília e também contra uma viatura na localidade conhecida como Pedra do Sapo.
Na manhã desta terça-feira, a Secretaria Estadual de Segurança divulgou uma nota em que lamenta a morte da policial. No comunicado, a secretaria reafirma que o processo de pacificação dos complexos do Alemão e da Penha vai continuar "até que esteja consolidada a reconquista de território dessas comunidades". "Todas as ações de resistência de criminosos serão combatidas sem trégua, o tempo que for necessário e com todos os recursos disponíveis", informa a nota.