Levantamento revela que número de vacas leiteiras no campo caiu, mas rebanho bovino subiu aumentou 17,1%
Foto: Fabiane de Paula/Diário do Nordeste
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A queda de 11,5% na produção de leite em Rondônia, conforme apontado pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2022 e realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que os criadores de gado leiteiro no estado estão optando por se dedicar à criação de gado para corte.
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A pesquisa demonstra que, entre 2021 e 2022, houve uma redução no número de vacas leiteiras no estado, passando de 412 mil para 366 mil cabeças, ao passo que o rebanho bovino do estado cresceu 17,1% no mesmo período, saltando de 15.110.301 para 17.688.225 cabeças.
O coordenador estadual das Pesquisas Agropecuárias do IBGE, Airton Dalpias, explicou que a valorização do preço da arroba do boi incentivou muitos produtores a venderem seus rebanhos de gado leiteiro, o que resultou em uma queda significativa na produção de leite e no aumento dos preços nos supermercados.
Uma das razões que levaram os produtores de leite a mudarem de foco é a redução do preço pago por litro de leite. Segundo dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rondônia é o segundo estado que paga menos aos produtores de leite no Brasil. Em julho de 2023, o valor recebido pelo produtor foi de R$ 2,37 por litro.
Neste momento, os produtores de Rondônia só recebem mais do que os produtores da Bahia, que, de acordo com os dados, receberam R$ 2,20 por litro em julho de 2023.
Segundo o novo boletim informativo divulgado pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com os preços de referência do leite e seus derivados, o valor de referência para o leite entregue em agosto, que será pago em setembro, deve ser de R$ 1,82.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!