Segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a partir do século XVII o café passou a marcar de maneira intensa a economia do país
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Neste dia 14 de abril é celebrado o Dia Mundial do Café, e é claro que para o Brasil essa é uma data que merece ser lembrada, tendo em vista que o país é o maior produtor e exportador de café do mundo. Para aqueles que não sabem, a origem do café no Brasil teve início em 1727, quando o português Francisco de Mello Palheta, chegando da Guiana Francesa, trouxe as primeiras mudas para o Brasil.
Segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a partir do século XVII o café passou a marcar de maneira intensa a economia do país e a partir dos lucros das lavouras foi possível o surgimento das estradas de ferro, avanço da urbanização, entrada de imigrantes italianos, espanhóis e alemães, além do deslocamento do centro de poder do Nordeste para o Sudeste e até mesmo indicou mudanças dos modos e costumes brasileiros àquela época. Com o passar dos anos, o consumo aumentou e o Brasil conquistou espaço de destaque na produção e exportação da bebida, que muitos afirmam ser a melhor do mundo.
Os números atuais comprovam que o café segue sendo uma parte importante do Brasil, no consumo e também em pontos como produção e exportação. Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou em seu primeiro levantamento que a safra de 2020/21 total de café do Brasil deve ficar entre 57 e 62 milhões de sacas de 60kg. O número representa ainda um avanço de até 25,8% em comparação ao ano anterior, destacando que este ano de produção é considerado um ano de bienalidade alta.
Atualmente Minas Gerais concentra a maior produção de café do Brasil. Todo o estado corresponde a 50% da produção do café arábica e conta ainda com polos importantes de produção de cafés especiais. Ainda no Sudeste, o café Conilon ou Robusta como também é conhecido, tem forte produção no Espírito Santo e parte do Rio de Janeiro. Outra região de relevância na produção do Conilon, é Rondônia, na parte norte do país. Rondônia, inclusive, investiu em tecnologia e pesquisa e triplicou a produção de 2020, além de recuperar lavouras consideradas perdidas em 2016.
Já os números de exportação mundial indicaram que o país totalizou 51 milhões de sacas de 60 kg no período de outubro de 2019 a fevereiro de 2020. Deste montante, o Brasil é responsável por 32% dos cafés exportados e seus maiores concorrentes são Vietnã (22%), Colômbia (12%), Indonésia (6%) e Honduras (4%).
No primeiro trimestre de 2020 os maiores importadores do café brasileiro foram Estados Unidos, Alemanha e Itália. A Cafés do Brasil divulgou recentemente que os Estados Unidos continuou sendo o maior importador, com 1,8 milhão de sacas adquiridas, cujo volume correspondeu a 19,3% do total das exportações. A Alemanha, segundo maior importador, adquiriu 1,7 milhão, total equivalente a 17,8% das exportações; e a Itália, em terceiro, com 939 mil sacas (9,8%).
"Com relação à receita cambial gerada em março de 2020, as quais atingiram US$ 423,72 milhões, esse montante representa um aumento de 6,1% em relação a março de 2019. E quanto ao preço médio da saca, que foi de US$ 135,72, esse valor denota um acréscimo de 6% na mesma base de comparação", destacou em seu relatório.
Claro que andando de mãos dadas com as exportações, muito se fala sobre o aumento de consumo da bebida em todo o mundo. Segundo dados da Embrapa Café, calcula-se que o consumo mundial de café está estimado em 169,34 milhões de sacas no ano-cafeeiro 2019-2020, demanda que apresenta desempenho 0,7% superior ao consumo de 2018-2019, que foi de 168,10 milhões de sacas. Com base nesses dados, também se estima que o ano-cafeeiro 2019-2020 deve registrar um déficit de 0,48 milhão de sacas, na relação entre consumo e produção.
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