Por volta de 8h15 (horário de Brasília) de hoje, as cotações subiam entre 4 e 5 pontos, com o contrato maio/18 buscando recuperar os US$ 10,30 por bushel
Foto: Divulgação
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Os preços da soja trabalham em alta na sessão desta quarta-feira (25) na Bolsa de Chicago. Após dias consecutivos de movimentações bem tímidas, por volta de 8h15 (horário de Brasília) de hoje, as cotações subiam entre 4 e 5 pontos, com o contrato maio/18 buscando recuperar os US$ 10,30 por bushel.
"Os mercados de grãos estão nervosos e buscando uma consolidação na medida em que segue lidando com fatores como o desenvolvimento lento do plantio da nova safra, as expectativas sobre os juros nos Estados Unidos e a fraqueza do mercado acionário", explica o reporte diário da Allendale, Inc.
No quadro climático norte-americano, que é um dos principais pontos de atenção do mercado internacional neste momento, as previsões são de uma melhora significativa nas condições para as próximas semanas, o que poderia acelerar o ritmo dos trabalhos de campo no Corn Belt.
"As projeções climáticas para maio nos Estados Unidos trazem temperaturas mais quentes e a chuvas mais escassas sobre o Cinturão Agrícola. Se tal cenário meteorológico se confirmar, o progresso de plantio acelera durante o período, se encaixando dentro das normalidades da janela de safra", diz o reporte da AgResource Mercosul.
Os EUA já têm 2% da área de soja semeada nesta temporada, índice que fica em linha com a média dos últimos cinco anos, porém, abaixo dos 5% de 2017.
A disputa comercial entre os americanos e chineses segue no radar dos participantes do mercado também, porém, as especulações em torno do quadro já não têm tanta força neste momento. Entretanto, após as medidas tomadas pela China em relação ao sorgo dos EUA, o próximo produto a ser atingido poderá ser a soja.
Soja tem novo dia de estabilidade em Chicago e movimentação de preços e negócios no BR fica limitada
Nesta terça-feira (24), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalharam durante todo o dia com estabilidade e fecharam os negócios registrando ligeiras altas entre os contratos mais negociados. Dessa forma, o vencimento maio/18 encerrou o pregão com US$ 10,22 por bushel, subindo 1,50 ponto, enquanto o agosto/18 foi aos US$ 10,36, com ganho também de 1,50 ponto.
No Brasil, poucas alterações também foram sentidas entre as principais referências diante da movimentação tímida da referência internacional. Os destaques ficaram por conta do Rio Grande do Sul, com altas de 1,37% em Não-Me-Toque e de 1,30% em Panambi, para R$ 74,00 e R$ 75,00, respectivamente.
No Paraná, o indicativo de Castro para a soja disponível subiu 0,59% e foi a R$ 85,00 por saca, enquanto em Sorriso, Mato Grosso, a valorização foi de R$ 3,08% para R$ 67,00 por saca. Em contrapartida, Tangará da Serra perdeu 1,43% para R$ 69,00 e Campo Novo do Parecis, 1,45% para R$ 68,00.
Entre os portos, Paranaguá perdeu força e fechou com R$ 86,00 por saca, caindo 0,58%. Já em Rio Grande, os indicativos subiram e foram a R$ 84,90 no disponível e R$ 85,60 na safra nova, com altas de 0,71% e 0,94%.
Com os preços no mercado interno perdendo parte da força intensa observada nos últimos dias, o ritmo dos negócios - apesar do dólar batendo nos seus melhores níveis desde 2 de dezembro de 2016 e se aproximando de R$ 3,47 nesta terça-feira, além dos prêmios ainda muito positivos - se desacelerou neste início de semana.
Em muitos pontos do Brasil, os compradores, por falta de espaço para receber novas ofertas, se retraíram e ajudaram a travar os negócios, como aconteceu no oeste da Bahia.
Os terminais locais das multnacionais não têm mais espaço para novos e já não aceitam mais a oleaginosa, nem mesmo dos sojicultores que já tem o produto negociado, como relatou o produtor local João Luiz Ryzick.
Mercado Internacional
O mercado chegou a dar continuidade às baixas observadas nos últimos pregões e recuava pelo terceiro dia consecutivo. Ainda assim, porém, segue buscando definir uma direção e aguarda por informações novas que possam contribuir com essa definição.
Na linha de visão dos traders, permanecem as incertezas sobre a disputa comercial entre China e Estados Unidos, a demanda pela soja norte-americana e, nesse momento, sobre o início da nova safra dos Estados Unidos, que já começou a ser plantada.
No fim da tarde desta segunda-feira (24), o boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou o plantio da soja concluído em 2% da área, índice que fica em linha com a média dos últimos cinco anos, porém, abaixo dos 5% registrados no mesmo período do ano passado. O estado do Mississipi é o mais adiantado, com 30% do plantio já concluído, no entanto, tinha 58% em 2017, nessa mesma época.
"Não há dúvidas que o plantio segue lento no atual momento, porém nesta semana, com temperaturas amenas e céu aberto, produtores do Centro-Oeste estadunidense irão acelerar o ritmo das atividades no campo", diz o boletim diário de AgResource Mercosul.
O que trouxe, por outro lado, algum suporte aos preços no pregão de hoje foi uma nova venda de soja dos EUA para a Argentina anunciada pelo USDA. Foram 130 mil toneladas, sendo 60 mil da safra 2017/18 e mais 70 mil da 2018/19.
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