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Fernando Henrique fez uma reforma tributária para inglês ver. Lula fez uma reforma de mentirinha. Dilma seguiu à risca os passos de seu antecessor e padrinho político. Agora, é a vez de o presidente Michel Temer seguir o caminho dos três. FHC, Lula, Dilma e Temer, sabem tão bem quanto eu e você, leitor/leitora, que o Brasil precisa urgentemente de uma reforma tributária, que venha acabar com esse cipoal de impostos que emaranham a vida da população, infernizam os contribuintes e reduzem seus minguados ganhos, obrigando o trabalhador a apertar a cada mês o orçamento doméstico, mas poucos se preocupam com isso.
O presidente Temer já disse e repetiu, em várias ocasiões, que a sua intenção e ver aprovadas as alterações antes de findo o presente exercício, mas poucos acreditam nisso, exceto, é claro, os áulicos palacianos. O contribuinte anda escaldado. Afinal, não é de hoje que alterações profundas têm sido anunciadas, até com certo estardalhaço, especialmente com relação ao imposto de renda. A esse respeito às informações têm sido pouco elucidativas, o que por si só releva o grau de risco de tudo quanto chega perto do verdadeiro problema nacional, ou seja, a infame distribuição da renda e da riqueza.
Que a carga tributária brasileira é muito pesada e está entre as maiores do mundo, não constitui nenhuma novidade. Não é preciso que os burocratas do governo digam-nos isso, assim como a baixa capacidade aquisitiva da maioria esmagadora da população. Contrariando todas as teses econômicas, o governo adota política salarial que degrada cada vez mais a remuneração dos trabalhadores.
Reduzir a quantidade de taxas e impostos e facilitar a vida do contribuinte na hora de pagá-los não deixa de ser uma notícia alvissareira, mas é preciso que, ao lado de medidas que simplifiquem a vida de todo os cidadãos, aqueles que se mostram desfavorecidos ao longo de nossa história sejam contemplados com algum benefício.
A rigor, não há qualquer dificuldade burocrática para o trabalhador que, mensalmente, recebe sua remuneração expropriada de parcela substancial. Corrigir essa e algumas outras distorções, fazendo contribuir mais quem mais pode e, dessa forma, ampliar o mercado interno, é outro dos objetivos que uma verdadeira reforma tributária não pode deixar de fora. Chega de reforma tributária meia boca.
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