O turno das ilusões ou da mudança? – Por Valdemir Caldas

COLUNA

11 de Outubro de 2016 às 09:22

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Chegamos ao segundo turno. A disputa eleitoral pela prefeitura de Porto Velho continua em curso. Agora são apenas dois concorrentes: Léo Moraes (PTB) e Hildon Chaves (PSDB). Muitos falam em nova eleição. Entretanto, ainda que o pleito possa desdobrar-se em mais de um turno, a eleição é única. Não é pelo fato de nenhum dos candidatos ter alcançado a maioria prevista na legislação que a eleição é diferente.

Ao contrário do que muitos pensam, contudo, o segundo turno não nivela os candidatos. O jogo não começa com o placar de zero a zero. Em certo momento, é possível até que se chegue a esse resultado, diante da hipótese de crescimento do segundo colocado (Léo Moraes) e de queda do primeiro (Hildon Chaves). Mas isso são apenas elucubrações. No fundo, é inegável a vantagem de quem chega na frente, sobretudo se a distância entre os concorrentes for considerável.

Não se tem dúvida de que a situação de Hildon é privilegiada. Afinal, ele sai com 57.954 votos, ou seja, 27,20%, enquanto seu oponente aparece com 55.656 votos, ou seja, 26,12%, embora a diferença (2.298 votos) não seja significativa a ponto de garantir-lhe a vitória. Léo pode, tranquilamente, reverter o quadro, dependendo, dentre outros fatores, do arco de alianças que conseguirá agregar e de sua postura no decorrer da campanha.

Indiscutivelmente, há um desejo latente de mudança no coração dos portovelhenses, cuja expressão traduziu-se no primeiro turno com quase 70% dos votos. Agora, tudo dependerá dos dois postulantes. É só cada um tomar cuidado para não cair nas inúmeras ciladas que ainda virão. Eleição se ganha e se perde na véspera. Uma pisada na bola é tudo vai por água abaixo. Os exemplos são fartos e estão ai fervilham na memória de muita gente, sobretudo na daqueles que disputaram um mandato eletivo. Nada de achar que a vitória está no papo. Chegamos, enfim, ao segundo turno. Para alguns, o turno das ilusões. Para outros, porém, o turno da mudança.

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