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A substancial renovação da Câmara Municipal de Porto Velho, além da decepção causada a muitos dos que atualmente exercem mandato de vereador, há de deixar ensinamentos uteis a quem se interessa por política.
Não podemos deixar de considerar os números já divulgados, dada a importância deles para a compreensão do processo democrático e, dentro desse contexto, de seus aspectos meramente eleitorais.
Dos vinte e um vereadores que compõem aquela casa, apenas sete (isso mesmo, sete!) foram reeleitos. Isso corresponde alguma coisa em torno de 33% do total. Trocando em miúdo, equivale a uma renovação de dois terços.
Entende-se, assim, das ruas para aos recintos eleitorais, o clamor por mudanças significativas nas práticas políticas e administrativas vigentes.
Se, ontem, era o afastamento de uma presidente da República que servia para mobilizar multidões, os resultados eleitorais ratificam a reivindicação e a torna irreversível.
Além disso, manifestando-se da forma como o fizeram, os eleitores portovelhenses apenas expressaram sua esperança de que é preciso ir fundo no combate a certas condutas político-administrativas. Logicamente, nem todos os que conseguiram reeleger-se podem ser tidos como acima de qualquer suspeita. Há casos, mesmo, de reeleitos que ainda se arrastam pelos tribunais.
À primeira vista, a Câmara que se instalará, a partir de primeiro de janeiro, parece mais jovem que a atual. Não apenas porque foram eleitos candidatos mais jovens que muitos dos atuais vereadores, mas porque suas promessas de campanhas incorporaram palavras de ordem que apontam na direção da modernidade.
Aos pouco, vai a sociedade portovelhense amadurecendo e revelando os frutos desse amadurecimento. As reclamações de candidatos que dizem ter gasto verdadeiras fortunas, sem que as urnas lhes dessem motivos para alegria diz bem desse aprendizado.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!