Depois de Dilma, foi a vez de Cunha pegar o caminho de casa

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Foi o processo de cassação mais demorado da história da Câmara dos Deputados, mas não teve jeito. Os parlamentares, por expressiva maioria, como verdadeiros representantes da vergonha e da honradez nacional, cassaram o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Depois de Dilma Rousseff, apeada da presidência da República, por improbidade administrativa, foi a vez de Cunha pegar o caminho de casa mais cedo. 

Convenhamos não tem sido sempre assim. A tal ponto anda maculada a imagem da classe política brasileira, que o sentimento manifesto por significativa maioria da população não prisma pela lisonja, nem contribui para valorizá-la no julgamento popular.

Antes tarde do que nunca, como ensina o dito popular. Pior seria se Cunha tivesse escapado da cassação. Pode-se dizer, sem nenhum exagero, que a sessão da Câmara dos Deputados de segunda-feira (12), marcou um novo período da história republicana brasileira.

A partir de agora, Cunha será entregue nas mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pela operação Lava-Jato. É provável que ele resolver delatar seus comparsas. A lista deve ser enorme.

Emissoras de televisão mostraram a toda a Nação o desconforto com que Cunha e aliados seus se comportaram. Pareciam estar cumprindo algum dever certamente distanciado das obrigações contraídas com os que lhes pagam os polpudos subsídios mensais e um rosário de mordomias.

Acabou! Dilma e Cunha agora estão no passado. Entrarão para a história como improba e corrupto. O Brasil e os brasileiros de vergonha não mais se lembrarão de ambos, pois não deixarão saudades. A sessão da Câmara dos Deputados entrará para a história. Avante, Brasil!  

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