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Anda-se pelas ruas de Porto Velho e a gente sente que falta alguma coisa. Olha-se para um lado, para o outro. Procura-se ansiosamente. E...nada! Caminha-se quadras inteiras, quarteirões, bairros. E não se vê um só policial militar. Não se vê uma só viatura. Em algumas esquinas, o que se vê em abundância são agentes de trânsito com o talão de multas na mão. Mas polícia para proteger a sociedade, muito pouca...As queixas são crescentes. Numa cidade que hoje beira os 450 mil habitantes, Porto Velho tem hoje apenas 350 PMs nas ruas, segundo os números oficiais. Se tivesse o dobro, ainda seria pouco. Talvez o triplo começasse a ser um número razoável, para lutar contra o crime numa Capital cada vez mais problemática, cada vez mais deficiente, cada vez mais violenta. O comando da Polícia Militar está anunciando, para daqui a oito ou nove meses, pelo menos mais 240 policiais nas ruas. Até lá, terá que sobreviver como está, com um déficit absurdo de gente, enquanto, do outro lado, a criminalidade explode. Para se ter ideia, no sangrento 12 de janeiro - a segunda-feira sangrenta - nada menos do que dois assassinatos e sete tentativas de homicídios foram registradas em Porto Velho. Entre as vítimas, duas crianças de 14 e 15 anos e dois agentes penitenciários, baleados por bandidos mascarados.
É vital, ao menos para inibir o crime, já que depois de preso os meliantes estão de volta às ruas em pouco tempo (se forem menores, em questão de horas), que a PM encha as ruas de gente fardada. Sem a presença dela, os riscos para as pessoas de bem se tornarão cada vez piores. Tudo se deteriora neste quesito, com uma única exceção: o discurso dos políticos, que, com palavras floreadas, acham que a situação não está tão ruim assim! Então, em resumo, não temos nem a quem pedir socorro!
ESPERANÇA PERDIDA
A questão da segurança pública nunca esteve tão no centro das discussões e das necessidades nacionais como agora. Menos para o governo brasileiro e o Congresso, que ignoram a guerra civil que estamos enfrentando, mantendo leis ridículas, de apoio aos bandidos e contra a população refém do crime. Aa esperança que se poderia ter ainda seria no policiamento preventivo, na presença da polícia nas ruas. Mas, do jeito que a coisa vai, se vai também a esperança....
DIAS DECISIVOS
A terceira semana de janeiro abrirá com as negociações políticas para formação da nova Mesa Diretora da Assembleia fervilhando. A partir deste domingo, faltarão exatos 14 dias para que se defina quem vai mandar e quem serão os parceiros. O governo quer influir diretamente na escolha da Mesa, cercando-a de aliados, para não sofrer o que sofreu no primeiro mandato de Confúcio Moura. Por isso, muitas concessões estão sendo feitas. Até o momento, Maurão de Carvalho permanece como o mais forte para ser o novo Presidente.
VAIAS PARA A BUROCRACIA!
Quase quatro meses depois de inaugurado, o Teatro Estadual de Porto Velho ainda não tem alvará de funcionamento. Isso é uma vergonha! Isso que Governo e Prefeitura são aliados. Imagine-se se fosse, adversários políticos! Como é a burocracia que manda em tudo, que determina o que é bom ou não; que diz o que a população merece ou não merece, vai-se vivendo mais essa tragicomédia, que se encaixa muito bem no contexto de um teatro. Se fosse chamado, ao invés de aplaudir, o público vaiaria essa situação deprimente.
ARMADOS ATÉ OS DENTES
O crime está cada vez mais presente na vida das cidades e das pessoas. Mais violento, mais audacioso, melhor armado. Em Porto Velho, outro exemplo, nesta semana: a PM apreendeu até submetralhadoras e escopetas, com bandidos que estariam preparando não só assaltos e roubos, como sequestros. alicate, algemas plásticas, capuzes, luvas estão entre os objetos apreendidos. Gente perigosa, gente que não tem medo de morrer e que gosta de matar. Vado retro!
ZERO A ZERO
Os números do comércio da Capital em relação às vendas de final de ano ainda não fecharam. Mas quem conseguiu empatar com 2013 pode comemorar muito, segundo o presidente da CDL, Edison Gazoni. O comércio lojista está com sérios problemas, principalmente o de rua, não só pelos sérios problemas causados pela insegurança econômica, mas também pelo abandono do centro comercial, onde, por exemplo, ambulantes estão nas portas das lojas, concorrendo com o comercio estabelecido, sem que se tome qualquer providência. O 2015 que chegou será duro para o comércio!
DESLEIXO E DESRESPEITO
O pacote de obras inacabadas em Rondônia continua aumentando. São Viadutos, hospitais, rodovias, postos de saúde, rodovias, água e esgoto, presídios, prédios públicos, áreas de lazer. Se tudo for contabilizado, passam de uma centena. Agora, mais um, para o rol infindável de obras que ficam pelo caminho. Em Jaru, um posto de saúde, que foi projetado para atender uma comunidade pobre, está tomado pelo matagal. Há seis meses o serviço foi parado. Outra vergonha, outro desleixo. É o desrespeito com o contribuinte, chegando a todas as regiões do Estado.
PERGUNTINHA
Com tanta violência nas ruas e no trânsito, dá para se entender que o governo brasileiro só fale em reforma política e de debruce sobre questões que envolvam apenas os direitos de presidiários?
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