Momento Lítero Cultural - Por Selmo Vasconcellos

Por Selmo Vasconcellos

11 de Outubro de 2022 às 09:20

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CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA – IEPÊ – SP – ENTREVISTA

Estou realmente impressionado com a sua entrevista, minha amiga Cleusa. Tantas coisas boas e bem vividas em Porto Velho (1983 a 1990). Só sei que gostei e estou gostando. (Selmo Vasconcellos)

SELMO VASCONCELLOS - Quem é e o que faz Cleusa Maria Dias Garbosa atualmente? Onde reside?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA - Sou Arte Educadora, atualmente resido em Iepê-SP e hoje sou aposentada, sou artesã, artista plástica e culinarista.

Sou meio autodidata e sou viciada em trabalhos que se usam as mãos.

Faço muito trabalho voluntariado em asilos, e comunidades carentes. Gosto de restaurar imagens, já fiz várias para a igreja.

Pinto telas, gesso, madeira e amo fazer tudo isto.

SELMO VASCONCELLOS - Como você descobriu Porto Velho e em que dia, mês e ano?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA - Sempre trabalhamos em construção de hidrelétricas, morando em vários estados deste Brasil.

Sempre que terminava uma obra, já estávamos indo para outro lugar, e foi assim com Porto Velho, saímos de Caldas Novas/GO e rumamos para esta cidade.

Assim sendo, no dia 31 de dezembro de 1983 chegamos na cidade.

SELMO VASCONCELLOS - Como foi a sua vivência neste novo Estado da região Norte?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA- A princípio levamos um susto rsrs. mas logo depois já estávamos integrados e gostando de tudo. Um lugar completamente diferente de tudo que a gente já tinha visto.

SELMO VASCONCELLOS - Em que rua e bairro você residiu?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA – Nossa casa ficava a duas quadras do Supermercado Morita. O único da cidade. Só não lembro o nome da rua.

SELMO VASCONCELLOS - Onde exerceu suas atividades de docência?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA - Como já tínhamos amigos morando em Porto Velho, foi fácil arrumar um emprego.

Comecei a trabalhar no colégio Pitágoras em agosto do mesmo ano e também logo nos mudamos para vila residencial da Eletronorte.

SELMO VASCONCELLOS - Conquistou muitos amigos?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA - Na escola, que ficava no bairro Areal, consegui realizar tudo que tinha vontade. Com meu espontâneo , brincalhona e desapegada, sempre disposta a ajudar, logo conquistei meu espaço, graças a Deus

As mães vinham na escola pedir que o filho estudasse comigo, embora fosse uma responsabilidade eu achava apaixonante o desafio.

Fiz meu trabalho com muito amor, carinho dedicação e fui muito querida por todos.

Além dos alunos da empresa, filhos de pessoas influentes eram meus alunos.

SELMO VASCONCELLOS - Em que ano você deixou Porto Velho?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA – Saímos de Porto Velho no ano de 1990, sentimos muito e foi até difícil a adaptação, fomos morar em Curitiba.

SELMO VASCONCELLOS - Guarda algumas boas lembranças?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA - Fiz muitos amigos. Tenho muitas saudades de tudo que vivemos ai. A maioria dos amigos não vejo há mais de 30 anos, porém falo com muitos alunos e amigos, graças as redes sociais.Tenho muitas lembranças maravilhosas. Éramos uma grande família.

Uma das coisas que tive muito orgulho, foi o fato de preparar por dois anos, os alunos para receberem a Primeira Eucaristia. É muito gratificante quando um deles me dizem: " você me ensinou rezar tia Cleusinha"... Me chamavam assim.

Outra coisa, foi quando me neguei a ensinar história de Belo Horizonte. Era um absurdo.

Fiz pesquisas e passamos a estudar história de Porto Velho, eu e a coordenadora, tínhamos um projeto de escrever um livro de história.

Mas, tivemos que voltar, e aí nada feito.

Foram anos maravilhosos, aprendi muito, um salto enorme em minha vida.

SELMO VASCONCELLOS - Pretende fazer um passeio turístico e rever os amigos?

CLEUSA MARIA DIAS GARBOSA - Tenho um sonho de voltar um dia aí. Quem sabe??!!

Enquanto apenas sonho, fico me lembrando do céu mais lindo do mundo, onde as estrelas pareciam cair sobre nossas cabeças e o por do sol sobre Rio Madeira, lançavam reflexos que acabavam invadindo nossas salas de aulas. Muito lindo e inesquecível.

Que Deus abençoe este Estado e todas as pessoas e que em breve algum político possa olhar com olhos de responsabilidade sobre estas queimadas.

saudadesss e abraços.

Direito ao esquecimento

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