Entrevista histórica - Por Selmo Vasconcellos

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DENISE EMMER – Rio de Janeiro, RJ.

2 de ABRIL de 2010.

BIOGRAFIA


Denise Emmer é poeta , ficcionista, cantora e musicista e nasceu no Rio de Janeiro.
Começou a escrever poesia ainda menina e publicou seu primeiro livro, Geração Estrela, aos quinze anos.
De personalidade eclética, também enveredou pelos caminhos da música, com vários CDs gravados e trilhas incidentais compostas para seriados de teatro e TV.
Graduou-se em Física e Música (violoncelo) e pós-graduada em Filosofia.
Apesar de sua formação eclética, a literatura mostrou-se mais presente em sua trajetória, o que provam os doze relevantes prêmios literários que obteve ao longo de sua carreira.
O mais recente é o Prêmio ABL de Poesia 2009 ,com o livro LAMPADÁRIO, que recebeu em cerimônia no Palácio Petit Trianon, dia 23 de julho na Academia Brasileira de Letras.


POESIA


Geração Estrela- Rio de Janeiro, Ed Paz e Terra 1975 (orelha Moacyr Félix)
Flor do Milênio – Rio de Janeiro, Ed Civilização Brasileira, 1981. (prefácio Moacyr Félix)
Canções de Acender a Noite – Rio de Janeiro, Ed Civilização Brasileira, 1982. (Prefácio João Paes Loureiro)
A Equação da Noite – Rio de Janeiro, Ed Philobiblion, 1985. (Prefácio Pedro Lyra)
Ponto Zero – Rio de Janeiro, Ed Globo, 1987. (Prefácio Antônio Houaiss e posfácio Olga Savary)
O Inventor de Enigmas – Rio de Janeiro, Ed José Olympio, 1989. (Prefácio Ivan Junqueira)
Invenção para uma Velha Musa – Rio de Janeiro, Ed José Olympio, 1990. (Prefácio Nelson Werneck Sodré)
Teatro dos Elementos & Outros Poemas – Rio de Janeiro, Ed 7Letras, 1993. ( Prefácio Rachel de Queiroz)
Cantares de Amor e Abismo – Rio de Janeiro, Ed 7Letras, 1995. (Prefácio Carlos Emílio Corrêa Lima)
Poesia Reunida – Rio de Janeiro, Ediouro, 2002. (Organização Sérgio Fonta)
Lampadário – Rio de Janeiro, Ed. 7Letras, 2008 (pref. Alexei Bueno)


ROMANCE


O Insólito Festim – Rio de Janeiro, Ed Nova Fronteira, 1994. (Prefácio Rachel de Queiroz)
O Violoncelo Verde – Rio de Janeiro, Ed Civilização Brasileira, 1997. (Prefácio Sérgio Viotti)
Memórias da Montanha – Rio de Janeiro, Ediouro, 2006.


ANTOLOGIAS e Outros


Antologia da Nova Poesia Brasileira , 1993 - organização Olga Savary
Poesia Sempre, 1994 - Fundação Biblioteca Nacional
Poesia Sempre, 1994 - tradução - Fundação Biblioteca Nacional
41 Poetas do Rio , 1995 - organização Moacyr Félix - Funarte
O Signo e a Sibila - Ensaios de Ivan Junqueira, 1993, Topbooks
Ponte Poética Rio-São Paulo - Ed.SetteLetras, 1995
Revista Brasileira da Academia Brasileira de Letras, 2008, número 56
Quando nem Freud Explica, Tente a Poesia - organização Ulisses Taváres, 2007 Ed w11
Coleção Roteiro da Poesia Brasileira - Organização Afonso Henriques Neto, 2008, Ed Global
Iniciação à Nova Poesia Brasileira - Espanha - Ed .Paralelo Sur ( em produção)
A Poesia é Necessária - Rubem Braga (organização André Seffrin ) , 2009,Ed Calibán

Colaborações e colunas :


Jornal de Letras
Jornal O Dia
Revista Itaú Personnalité
Caderno Prosa &Verso ( O Globo)
Revista Colóquio ( Portugal )
Revista RioArte ( Funarte)

PRÊMIOS


Prêmio Guararapes de Poesia, União Brasileira de Escritores, 1987
Prêmio União Brasileira de Escritores- melhor autor jovem, 1988
Prêmio Nacional de Literatura do PEN Club do Brasil, poesia (Prêmio Luiza Claudio de Souza), 1990
Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte),1990
Prêmio Olavo Bilac, poesia, Academia Brasileira de Letras – ABL, 1991
Prêmio José Marti de Literatura, Conjunto de Obra, Casa Cuba- Brasil, 1995
Prêmio Nacional de Literatura do PEN Club do Brasil, romance (Prêmio Luiza Claudio de Souza), 1995
Prêmio Alejandro José Cabassa, romance, União Brasileira de Escritores, 1995
Prêmio Yeda Schmaltz, UBE, poesia, 2002
Prêmio José Picanço Siqueira, Memória Romanceada, União Brasileira de Escritores, 2007
Prêmio Cecília Meireles de Poesia, da União Brasileira de Escritores, 2008
Prêmio ABL de Poesia 2009

LINKS


www.oglobo.com.br/blogs/prosa
deniseemmergerhardt.blogspot.com/
www.palavrarte.com ( ir em equipe e rádio)
www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/denise_emmer.html

ENTREVISTA


SELMO VASCONCELLOS - Quais as suas outras atividades, além de escrever ?


DENISE EMMER - Sou violoncelista. Dou aula de cello e toco na Orquestra Rio Camerata. E também escalo montanhas..


SELMO VASCONCELLOS - Como surgiu seu interesse literário ?


DENISE EMMER - Na infância, quando a professora de português leu um poema da Cecília Meireles.


SELMO VASCONCELLOS - Quantos e quais os seus livros publicados dentro e fora do País ?


DENISE EMMER - Publiquei quatorze livros. Onze de poesia e três romances. ( os títulos e prêmios estão no meu blog). No exterior, tenho uma coletânea publicada no Líbano e participações em antologias em alguns países como Portugal, Espanha e Alemanha


SELMO VASCONCELLOS - Qual (is) o(s) impacto(s) que propicia(m) atmosfera(s) capaz(es) de produzir poesia ?


DENISE EMMER - Surpresas súbitas, fatos marcantes tais como o amor, a morte, a vida em desalinho. Uma árvore, céus estrelados ou balas perdidas. A poesia está sempre rondando.

SELMO VASCONCELLOS - Quais os escritores que você admira ?


DENISE EMMER - Muitos. Cito os que me chegam à mente tais como Drummond, Cecília, Dylan Thomas, Machado de Assis, Graciliano, Rillke e tantos outros.


SELMO VASCONCELLOS - Qual mensagem de incentivo você daria para os novos poetas ?


DENISE EMMER - Escrevam poesia.


À NOITE

A noite ela se embriaga
e vai bailar nos espaços
usando um traje de pássaros
viaja para o infinito


abro a janela do mundo
e já não vejo seu rastro
me leva lagoa lua
à grande festa das águas


em que outra madrugada
esconderás teu espelho


nas esquinas que não vejo
onde a noite vira asa?


Do livro “TEATRO DOS ELEMENTOS”


OS ANIMAIS QUE MORREM


Os animais que morrem
viram luzes
assombros tão pequenos
entre escuros
espectro sereno
sobre muros


os animais que morrem
são futuros.


Do livro CANTARES DE AMOR E ABISMO”


SINAL DE ALERTA


Faça a noite que faça
as fábricas soltam fumaça
e como avistar quem passa
através de um claro vidro?


Os operários levitam
seus espíritos vencidos
ao cume das chaminés;
que flutuam ente os telhados
marés de moços cansados
qual uma cinza tristeza.


E esta pálida natureza
vai colorindo de morte
os jardins de nossos filhos
os fios de nossos pássaros.

E enquanto as mulheres abraçam
crianças de olhos fundos
vai se calando o mundo
como um velho homem com tosse.


Tão curvado e solitário
um moribundo canário
canta a manhã da cidade
que a todo dia reage.


Do livro “CANÇÕES DE ACENDER A NOITE”

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