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Alea jacta est, frase proferida por Júlio Cesar quando resolveu enfrentar a condenação de parricida do Senado Romano a quem ousasse atravessar o Rio Rubicão que separava a Gália de Roma. Amanhã, ao final do último programa eleitoral da noite, entraremos na zona de silêncio imposta pela legislação eleitoral até a hora da votação do 2º turno para governadores e presidente da República, no domingo, dia 28. A sorte estará lançada.
As reflexões dos eleitores ainda serão interrompidas aqui ou acolá por algum comício e barulhos de carros de som. Fora disso, só restará aos eleitores a análise que viram e ouvirão nestes dias de campanha de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad ou dos que ainda disputam os governos estaduais, como é o caso de Rondônia, com Expedito Junior e o coronel Marcos Rocha.
É uma imensa responsabilidade sobre o eleitor que surgiu no dia 7 de outubro. Terá que repetir a perspicácia e maturidade que aterrorizou os políticos, assombrou a sociedade e mudou os rumos do Brasil. Até ele espantou-se com o seu feito. Da peneira daquele memorável domingo sobrou dois nomes para o País e para alguns estados.
Não é fácil. E até seria se os que sobraram fossem de fato, pessoas talhadas para os cargos de chefes de estado e de nações. A rigor, não é o que se ver. Antes de nossas escolhas, eles foram pré-escolhidos por seus partidos. E estes, em regra, estão longe das aspirações do povo. Exatamente por isso, os eleitores, também, não nem aí para eles. Agora, se concentram nas pessoas. E tomam suas decisões.
Para o governo do Brasil ou afundamos numa esquerda que já nos afundou e afundou nações mundo afora, ou embarcamos numa aventura da direita que nos remete a lembranças tristes da revolução de 64. Os dois extremos são danosos. O candidato da esquerda quer nossos votos sem deixar sequer sarar as imensas feridas que abriram no nosso peito. O da direita, já deixou distante as lembranças ruins, por isso tem mais chance de vitória.
Os dois lados estão carregados de símbolos. Haddad é o poste do Lula, o preso que comanda o processo eleitoral de dentro da cela. Igual Beira-Mar, Marcola e tantos iguais fazem com seus comandados aqui fora.
Jair Bolsonaro é militar, é capitão, defende os seus heróis e neles se inspira. Mas carrega a credibilidade e o patriotismo que as forças armadas ainda têm junto à sociedade brasileira, apesar dos pecados já longínquos.
É nessa encruzilhada que todos estamos. Bolsonaro demonstra firmeza de propósito para enfrentar temas que são importantes para todos como a corrupção, a redução do tamanho do estado e dos privilégios custeados por nós. Já Haddad não tem credibilidade própria e nem emprestada por seu padrinho ou seu partido. Carrega o peso dos desacertos superiores a qualquer acerto, além da acachapante derrota quando tentou se reeleger prefeito de São Paulo.
As pesquisas indicam que a maioria do eleitorado já decidiu: Bolsonaro é a esperança de que tudo pode dar certo. Haddad é a certeza de que tudo pode continuar errado.
Em Rondônia, o quadro não é diferente. O raciocínio do eleitor é o mesmo. O coronel Rocha é a esperança e o Expedito, embora mais experiente, tem um passado que não o recomenda.
As discussões que ainda restam sobre capacidade e experiência dos candidatos, a essa altura, são estéreis. E a nossa história está cheia de inexperientes que comandaram estados e o país. Uns deram certo outros não. Não existe uma cartilha única. Cada um cria a sua. É assim.
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