A substância ontológica dos povos originários – por Marquelino Santana

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A mãe terra com o seu divinizado manto verde e com o seu brioso e fecundíssimo útero cosmopolita, proporcionou aos seus generosos e impolutos rebentos florestais, o virtuoso direito há uma vida sem ódio, sem mácula e sem hostilização. O suntuoso espaço vivido seria dadivoso e complacente, o natural ato de sobreviver seria justo e obstinado, e as relações de plurivalência das coletividades originárias, jamais seriam dilaceradas por ações delituosas e pela malversação e banalização das estruturas democráticas e dos orçamentos públicos constitucionais. 
 
Para a economista francesa Geneviève Azam – professora da Universidade de Toulouse-Jean-Jaurès – todas as tendências de tradição socialdemocrata têm o crescimento como condição para a justiça social. Para Azam, essas tendências, acreditam em crescer o bolo para reparti-lo, sem se preocupar com a receita e os ingredientes. Dessa forma, segundo ela, essa visão reduz a política à dimensão da gestão. No entanto, segundo a mesma autora, a justiça social não pode ser confinada a um crescimento redistribuído, pois tal conquista só é possível pelo reconhecimento da dignidade original para todos os humanos, e é inseparável da preservação das condições materiais dessa dignidade. 
 
Justiça social e dignidade não são indissociáveis, a tecnocracia estatal vigente não deve violar ou suprimir o que reza a nossa Carta Magna, o espírito belicoso do poder reacionário hegemônico não pode perpetuar a desonra pública, enquanto a globalização econômico-financeira, também não pode condenar os povos originários amazônicos ao seu etnocídio final. A execração horripilante não cessa, a espoliação de seus territórios tornou-se uma devassidão, as coletividades entraram em derrocada, a desterritorialização corre desenfreada e a demolição humana, virou, enfim, uma triste realidade. 
 
É preciso acreditar no fortalecimento de uma democracia participativa que verdadeiramente alimente a alma das organizações sociais indígenas, e que respeite a autonomia de uma autogestão administrativo-orçamentária que dialogue coletivamente com transparência e visibilidade, a lisura de suas próprias políticas públicas, sem a interferência dos gargalos e amarras coercitivas do processo homogeneizante da globalização. 
 
Agora, quanto ao modelo de desglobalização, o ativista ambiental, Pablo Sólon, nos diz que esse modelo não é uma substituição ao processo homogeneizante da globalização, mas para ele, abre caminhos para abraçar a diversidade e incentivar uma integração que respeite e promova múltiplas visões, e novas formas de autodeterminação, onde essa desglobalização seja capaz de ser alimentada por diferentes perspectivas para criar uma integração para os povos e a natureza. 
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