O lugar inofensivo – por Marquelino Santana

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No espaço vivido o homem é imbricado no espaço e tempo. Esse imbricamento é resultado de um vasto processo histórico-geográfico que preenche o ente de valores ontológicos oriundos de uma rede de pertencimentos sócio-linguístico-culturais herdados de uma ancestral cotidianidade civilizatória.
 
As populações originárias e tradicionais da Amazônia brasileira continuam sobrevivendo frente ao avanço desenfreado da globalização, intensificados principalmente a partir do século XX. Os países hegemônicos com a adoção exacerbada do capital, perpetuaram-se na dominação e exploração dos países periféricos, se utilizando de meios predatórios que culminaram na desterritorialização e eliminação das coletividades amazônicas em agonia.
 
O resultado dessa concentração desumana dos capitais nacional e internacional, gerou e continua gerando uma espécie de tablado de execução que de maneira horripilante vai ceifando a originalidade do lugar e condenando milhares de coletividades ao infortúnio e a absurdez aviltante do esfacelamento social de originários e tradicionais modos de vida que atualmente estão sobrevivendo à revelia da vida.
 
Esse árduo e reacionário processo de uma globalização desnudada de alma é o resultado desditoso de um conjunto de estratégias imposto por poderosas corporações financeiras e conglomerados industriais que atuam na Amazônia sem levar em consideração o bem-estar social das coletividades. Essa situação vigente não deve exalar abominação e muito menos colocar em risco as atividades benevolentes de um bem viver amazônico que só que ter o direito de existir sem causar nenhuma ruptura com a terra mãe planetária.
 
Uma terra mãe que nunca desejou desalojar os filhos seus, que nunca desejou execrar os seus modos de vida, que nunca desejou balbúrdia nem malevolência à sua gente, e que sempre desejou que o lugar de suas coletividades florestais fosse sempre um lugar inofensivo.
Direito ao esquecimento

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