Mulheres da vida real suplantam às do cinema - por Humberto Oliveira

por Humberto Oliveira

08 de Março de 2025 às 10:02

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Mulheres da vida real suplantam às do cinema - por Humberto Oliveira

Foto: Divulgação

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Neste 8 de março pensei em escrever uma crônica em homenagem ao dia da mulher, com foco nas personagens fortes do cinema, mas se na vida real existem tantas mulheres com a mesma fortaleza e determinação, porque não dedicar essas linhas para elas?

Quando uma história vira filme, pelas mãos e imaginação do roteirista, obviamente, em sua maioria, ele busca transportar para o papel uma personagem feminina forte, que se destaque, principalmente entre os homens, ao assumir uma tarefa que eles geralmente fazem. Estamos falando aqui das heroínas forjadas para nunca perder.

Mesmo inspiradas, às vezes, em pessoas da vida real, a tendência do autor é aumentar suas características positivas. Por exemplo, a mocinha das antigas telenovelas, ela era impecável, inocente, pura e sempre tinha um final feliz. Hoje, isso mudou, pois a realidade é bem diferente. A mocinha atual luta com as mesmas armas da vilã ou vilão que quer se dar bem.

Sim, o cinema criou mulheres extraordinárias e poderosas, grandes estrelas interpretaram estes papéis, por exemplo, Joan Crawford no western "Johnny Guitar", de Nicholas Ray. Uma mulher forte chamada Viena, dona de um saloon, que é hostilizada por pessoas poderosas que a querem fora da cidade. Mas ela resiste.

Podemos citar a personagem de Grace Kelly, em outro faroeste clássico. Matar ou morrer, de Fred Zinnerman. Ela faz a noiva do xerife vivido por Gary Cooper, jurado de morte por um bandido vingativo, o homem da lei busca ajuda da população, mas todos se acovardam, no final, quem o salvou é sua noiva.

Ah, não é isso. O que quero aqui é lembrar, louvar, homenagear, nesta data, grandes mulheres. Aquelas que fazem parte da minha vida, da sua vida, da nossa vida. Estou me referindo à minha mãe, a sua, a minha mulher e a sua, às minhas filhas e também às suas. Podemos incluir neste rol nossas irmãs, tias, primas, sogras, amigas e colegas de trabalho. Elas são as legítimas heroínas da vida real. São a verdadeira inspiração para qualquer homenagem que se pretenda fazer neste dia.

Elas não são estrelas de cinema, mas brilham no nosso dia e dia e fazem parte do elenco principal do filme de vida de cada um de nós. O enredo, às vezes é simples, no entanto, a história sempre é poderosa.

Nas telas da vida, cada uma delas é realmente estrela de primeira grandeza, com a vantagem de que não são fantasia ou fruto da imaginação ou apenas intérpretes de um papel fictício. Nada disso. No longa metragem da nossa existência, elas são as diretoras, roteiristas, atrizes principais, pois são elas que realmente brilham e merecem nossos aplausos e também uma Palma de Ouro ou um Oscar por tudo que representam de mais importante e fundamental, seja em família, seja no lazer, ou no trabalho.

Poderia citar aqui dezenas de personagens femininas fortes da história do cinema, no entanto, vamos fincar os pés no chão e refletir sobre o que é fantasia e realidade. O que é diversão e responsabilidade. O que efêmero e permanente. A existência da arte, dizem, é que torna possível viver, mas, a arte também existe para perpetuar em imagens ou palavras.

Neste caso, essa data especial dedicada às mulheres, e aqui as parabenizo, louvo e presto reverência em prosa, pois vocês são as divas da vida real e brilham na vida como verdadeiras estrelas, não de Hollywood, mas nos filmes das nossas vidas.

Direito ao esquecimento

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