Em Linhas Gerais – Por Gessi Taborda

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DE FÉRIAS
Provavelmente quando você estiver lendo essa coluna, o autor estará a meio caminho de chegar a São Paulo. E de lá, dando prosseguimento às minhas férias estarei embarcando ao velho mundo. Primeiro Paris, depois na terra de origem da família, em Portugal. Estaremos – se for da vontade do Poderoso – de volta no final do mês. Assim, Em Linhas Gerais estará de volta em 5 de agosto, já na efervescência da campanha eleitoral. E esperamos reiniciar com as baterias plenamente recarregadas para cumprir bem nossa obrigação profissional.
CAMPANHA SUJA
Quem se ocupa de analisar as coisas da política alertam para a “campanha mais suja” que promete ser a desse ano, mesmo com a vigilância mais severa da Justiça Eleitoral, com a utilização das tecnologias da internet para coibir abusos, receber denúncias, etc.
E será na própria internet, nas chamadas redes sociais, onde deverão ocorrer a difusão de material criminoso contra a campanha dos principais candidatos.
Uma das pessoas que mais sofre, esse tipo de ataque é o presidente da Assembleia Legislativa, José Hermínio que vai disputar a reeleição.
Presumivelmente José Hermínio “vai pagar caro” por ter sempre adotado a postura de ser, como parlamentar, crítico do atual governo, que também disputa a reeleição. As baixarias contra Hermínio tendem a aumentar, muitas vezes publicadas por pessoas “esclarecidas”, acostumadas a usar da má-fé quando têm interesses contrariados.
OUTROS ALVOS
Além do próprio governador, também estarão na alça de mira homens como Ivo Cassol, sua mulher (confirmada como candidata ao Senado), sua irmã que disputa o governo, e vai por ai afora.
Ora, pelo que sei Ivo e os outros personagens citados são pessoas de bem. Claro que como pessoas públicas não estão imunes à crítica. Mas são bons chefes de família, dedicados ao que fazem e não deveriam ser vítimas de covardes com ataques sem nenhuma consistência ou prova.
Há algo mais infame do que espalhar, por exemplo, que Ivo Cassol se envolveu com o desvio de diamantes da Reserva Roosevelth? Ora, não há nada comprovando isso, embora o assunto tenha sido investigado por especialistas da PF e de outros órgãos. Há muitas críticas e acusações feitas de forma irresponsável e isso, nesse período, tende a aumentar.
É como a exploração do nome da (agora) candidata Jaqueline numa morte ainda envolta em mistérios e sem nenhum indício contra a irmã do (ainda) senador Ivo Cassol. É preciso ir devagar com o andor nessa campanha, até porque os candidatos terão facilidade para obter, com rapidez, o Direito de Resposta. E a Justiça promete ser dura com aqueles que espalham mentiras em afirmações que não terão como sustentar quando o caso for parar no tribunal.
SEMPRE ASSIM
A queda do viaduto (e lá era viaduto mesmo e não, como em Porto Velho, meros elevados) em Belo Horizonte (MG), com afirmações da prática de superfaturamento, leva-nos a relembrar que aqui, em Porto Velho, até hoje não aconteceu uma solução para a tal “manada de elefantes brancos” herdadas da famigerada gestão de Bob Ali-Babá que acabou – mesmo diante de seu caradurismo – ganhando uma reeleição.
Aqui também as obras mequetrefes colocou em risco a vida de rondonienses, especialmente com a queda de passarelas mal feitas. Até hoje – quando o mandato do atual prefeito está próximo do segundo ano – ninguém conhece detalhes se as investigações avançaram alguma coisa em relação a superfaturamentos. Até agora ninguém foi punido pela criação e manutenção da enorme manada de elefantes brancos existentes nessa Capital. Tomara que esses paquidérmicos sirvam para provocar reflexão nos nossos eleitores antes do exercício do voto. O povo não merece ter governantes capazes de promover um desastre tão grande como os “elevados” que, claro, nunca foram viadutos.
DESTAQUE PARAGUAIO
O Paraguai está definitivamente credenciado como a melhor opção entre os países vizinhos para aqueles que desejam estudar Medicina fora do Brasil. Em relação a Argentina, tem a vantagem de ter Grade Curricular muito mais compatível com as universidades brasileiras, preços e custos mais baixos e é muito mais acolhedor. Quanto a Bolívia, além de não acontecerem no Paraguai os abusos dos órgãos policiais, discriminação, o mais importante, não tem Província nem Exame de Grado.
Dentro desse cenário, Pedro Juan Caballero tem atraído cada vez mais pessoas em busca de qualificação profissional nas mais diferentes áreas e muito especialmente no Curso de Medicina.
A boa qualidade de ensino das universidades locais e a Grade Curricular, geralmente voltada às exigências da demanda brasileira. Outro fator muito importante é a fronteira seca com Ponta Porã-MS, possibilitando ao aluno brasileiro viver no Brasil e estudar no Paraguai, caso assim deseje, com muita facilidade e comodidade. Além disso, recentemente vários estudantes formados no Paraguai têm conseguido vitórias importantes no acesso ao Programa Mais Médicos e revalida, o que tem incentivado ainda mais pessoas a apostarem nesse caminho.
ENXUGANDO GELO
Não adianta esperar melhorias no trânsito de Porto Velho, pelo menos enquanto durar a gestão de Mauro Nazif, incapaz de tomar iniciativas para fazer o trânsito mais fluente, mas seguro e com condutores mais responsáveis em cumprir as leis do trânsito.
Numa cidade em que as pessoas não respeitam nem mesmo as placas de estacionamento proibido em avenidas como a Calama, de nada adianta essa conversa de blitz educativa. Isso, repito, é como enxugar gelo. A anunciada blitz educativa de hoje, na avenida Jatuarana é pura perda de tempo e de recursos. Se a prefeitura não começar a coibir motoqueiros de fazer sanduiche de gente (com criança de colo entre o motoqueiro e o carona) com a prisão da moto ou não guinchar quem insiste em estacionar em locais com sinalização ostensiva, não cai contribuir para mudar nada.
TÁTICA
O PMDB rondoniense pretende aproveitar melhor o tempo de propaganda no rádio e na televisão para contornar os níveis de rejeição do governador Confúcio Moura. Pelo menos foi o que disse ontem à coluna uma fonte próxima do partido de Valdir Raupp. A maior reprovação do chefe do governo está em Porto Velho. O corpo a corpo e o maior contato com os eleitores também serão mais intensos, além do uso das mídias sociais, disse a mesma fonte.
INACABADA
Seguindo o exemplo vindo da própria presidência da República, promovendo a inauguração de obras inacabadas em vários pontos do Brasil, a prática está disseminada em Rondônia também. É o caso, por exemplo, do Teatro Estadual. Depois de quase 20 anos, a obra foi “inaugurada” recentemente pelo governo (que é candidato à reeleição) como se estivesse terminada. Mas, verdade seja dita, apenas “um anexo” ficou pronto e serviu de apresentação de uma peça importante com uma atriz consagrada nos palcos e na TV.
O restante da obra está lá, cercada de tapume, na esperança de que venha a ser concluída antes do final desse ano.
NESSE TOM
Quem entrou na batalha na batalha é melhor não se esquecer: O sol nasce para todos e a sombra para quem sabe das coisas.
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