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DONADON
Neste momento tem um menor sendo espancado numa casa de “recuperação”. Neste momento tem um jovem preso por assaltar um transeunte, do qual levou um aparelho celular de pouco mais de cem reais. Neste momento, um pai de família é despejado da casa por não poder pagar aluguel. Neste momento um pai desempregado comete suicídio por não suportar mais as dívidas e as dificuldades da vida. Neste momento uma grávida dá à luz em praça pública por não haver vaga na maternidade. Neste momento uma mulher morre por falta de atendimento. Mas, neste momento, a família de Natan Donadon ainda não deixou o apartamento funcional em Brasília. E, apesar de preso na Papuda, Natan ainda é deputado federal gozando de imunidade parlamentar.
CASSOL
Todos aguardam com ansiedade a renúncia do senador Ivo Cassol (PP-RO) para esta semana. A situação dele está ficando insuportável no Senado Federal. As lágrimas não convenceram ninguém.
ESTARDALHAÇO
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD-RO), convocou a imprensa e fez publicar releases em tom bombástico ao anunciar que vai fiscalizar com rigor os gastos e as compras efetuadas pelo Deosp e DER do governo do Estado. Como se isso não fosse uma prerrogativa da Casa de Leis: fiscalizar.
ESTARDALHAÇO 2
São prerrogativas do Poder Legislativo: Fiscalizar e Controlar, acompanhando a execução das ações e atos da Administração, tais como a execução orçamentária, contas, contratos e o cumprimento dos objetivos institucionais nas ações de governo. Investigar, averiguando a ocorrência de ilícitos, em fatos determinados, propondo soluções, através das Comissões Parlamentares de Inquérito. Portanto, a divulgação espalhafatosa da presente ação da ALE mais parece uma ameaça.
ESTARDALHAÇO 3
A coluna aproveita este repentino entusiasmo da ALE para sugerir aos nobres parlamentares que passem a fiscalizar também a saúde, a segurança e a educação do Estado. O governador Confúcio Moura (PMDB), com certeza, vai agradecer. A população, idem.
BALBÚRDIA
Recolhidas de volta às redes sociais, as manifestações que reivindicam com clareza melhoria nos serviços e decência na conduta de governantes deram lugar nas ruas a grupos cuja expressão de violência só não pode ser chamada de gratuita porque custa caro. Radicalizam, pegam o poder público de calças curtas, são vistas com benevolência, pois supostamente têm o mesmo caráter das manifestações que levaram milhões às ruas em junho e podem voltar a qualquer momento quando algum fato, evento ou data acender a fagulha que faz a massa sair de casa. Estas não têm a motivação daquelas. Apenas aproveitam-se delas. Da seguinte maneira: como os governantes se assustaram, saíram cedendo tudo sem negociação - até por ausência de instância de mediação - fragilizaram-se, passaram a mensagem de que é batendo que se recebe e não sabem como reagir.
BALBÚRDIA 2
As polícias ou exorbitam ou se intimidam e, assim, tem-se um poder público completamente acuado ante a balbúrdia. Aí incluídos partidos e políticos que evitam criticar para não parecer que estão contra o direito ao protesto. Ademais, não sabem o que dizer. Parados e calados esperam a poeira baixar.
BALBÚRDIA 3
(Trecho da entrevista da pré-candidata Marina Silva a Folha de SP, 18) Minha opção sempre foi de fazer movimentos pacíficos. Atos de desobediência civil podem ser feitos de forma pacífica, sem desrespeitar direitos fundamentais --por exemplo, agressão às pessoas, ao patrimônio. No Estado Democrático de Direito existem regras a ser observadas. O Estado está ali para assegurar inclusive os direitos dos manifestantes de se manifestarem, mas também para proteger o patrimônio das pessoas e o patrimônio público.
BALBÚRDIA 4
(Editorial - Folha de SP, 19) 1. É preciso repetir o óbvio. Cabe às autoridades garantir o direito de manifestação pacífica. Mas compete às mesmas autoridades coibir todo ato de violência contra qualquer pessoa ou contra o patrimônio público e privado. Talvez por despreparo diante do inesperado, elas têm falhado. Entre repressão indiscriminada e passividade cúmplice, há de haver toda uma estratégia de contenção que permita resguardar, com dano mínimo, a ordem pública e o direito de todos, inclusive de ir e vir.
ESPIRITISMO
A doutrina espírita e princípios realmente cristãos não permitem a este colunista chafurdar com deficientes físicos, portanto, o perdão por torpes palavras assacadas por um profissional da imprensa contra este colunista é a melhor de minhas respostas. Até porque respeito é o princípio que norteia a conduta deste que vos escreve.
ESPIRITISMO 2
Através do autocontrole, vigiaremos a porta de nossas mentes, barrando gestos e palavras desaconselháveis, e, com o auxílio da oração, faremos luz para entender o que há conosco, de maneira a impedir a própria queda em alienação e tumulto. Trecho de psicografia de Chico Xavier, Emmanuel.
UM GESTO DE BONDADE
Costuma-se ouvir pessoas reclamarem da ingratidão com que são recompensados seus gestos de bondade. É possível até se escutar promessas veementes de que jamais tornarão a ajudar a quem quer que seja, pois não vale a pena. Para um repórter de um jornal inglês uma ação bondosa lhe valeu a vida. Enviado para a África do Sul como correspondente, ele chegou até Moçambique, uma terra devastada, por décadas, pela guerra e pela fome.
Ele crescera na África e costumava andar por todos os lugares, junto com sua mãe. Médica devotada, ela priorizava a questão da vacinação e percorria vales e montanhas, para todos imunizar. Ele sabia que os rebeldes moçambicanos tinham bases em Malauí, mas também sabia que os jornalistas estrangeiros não eram bem-vindos. Ávido pelas notícias, contudo, aventurou-se, até ser preso por seis homens com cartucheiras, granadas e lança-bombas. Resolveram levá-lo como prisioneiro até sua base de operações.
Pelo caminho, passando pelas aldeias, ele era apresentado como um troféu e, embora não entendesse o que falavam, uma mistura de dialetos, podia perceber que a sua captura era dramatizada. Era um espião. Estava armado. Resistira. Por vezes, davam-lhe chutes e tapas. Após dois dias de caminhada rude e maus tratos, finalmente o grupo chegou à base e ele foi apresentado ao comandante do campo. Vestido a caráter, ouvia o relato com atenção, alimentando-se bem, enquanto ao pobre aprisionado não foi permitido nem sentar-se.
Em dado momento, o jornalista pôde ouvir que eles passaram a usar o dialeto Chindau. Este ele conhecia de seu tempo de criança, quando de suas andanças com sua mãe pelas aldeias. Prestou atenção e, então, hesitante, saudou o comandante com o que pôde se lembrar do dialeto Chindau. O comandante ficou admirado. Como ele conhecia aquela língua?
Cresci aqui. - Falou o prisioneiro.
Dizendo o nome de sua família, viu repentinamente o semblante duro daquele chefe se transformar. Sua mãe era médica? Perguntou ele. Então foi ela que me vacinou. E, erguendo a manga da camisa, mostrou a cicatriz da vacina. E você, continuou, você é o garoto que nos dava um torrão de açúcar, com o remédio. Ficava insistindo para que colocássemos a língua para fora e punha açúcar nas nossas bocas.
Graças a isso, eu cresci forte!
Tudo mudou em questão de minutos. De refém passou a hóspede de honra. Pôde sentar-se, alimentar-se, refrescar-se com um pano úmido. No dia seguinte, foi levado de volta com todo cuidado e atenção. Os captores dos dias anteriores, transformados em zelosos guarda-costas agora, até tiraram foto com ele. O jornalista guardou a foto, certo de que uma boa ação permanece sempre viva, apesar das distâncias e do tempo. A bondade é luz que se espalha na noite das desesperanças. Acendamos as luzes da bondade onde se estenda a escuridão e convertamos os nossos braços em traves de misericórdia, silenciando a eventual ingratidão que venhamos a receber. Os ingratos necessitam redobrados atos de bondade para serem sensibilizados, pois a ingratidão é enfermidade da alma.
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