E o clandestino casal do Apocalipse?

E o clandestino casal do Apocalipse?

Foto: Divulgação

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Desabafo

“A inocência não se envergonha de nada”. Com essa frase do filósofo,  teórico político, escritor e compositor autodidata suíço Jean-Jacques Rousseal que o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Hermínio Coelho encerrou um desabafo que estava engasgado desde o dia em que a Polícia Civil deflagrou a Operação Apocalipse, que culminou com dezenas de prisões. Hermínio tem certeza que tudo foi tramado nos porões palacianos do Executivo com o único objetivo de silencia-lo. E ele ainda disse temer por sua vida, “porque sei do que são capazes”, disse o parlamentar.

Fatura

Em conversa rápida com jornalistas nessa sexta-feira, após reassumir as funções de presidente e deputado, Hermínio foi questionado sobre as tais faturas de cartões de crédito encontradas em sua residência, em nome de Andres Fernandes Dias, cunhado de Márcio César Silva Gomes, amigo de Hermínio. O deputado afirmou que as faturas de fato estavam em sua casa, lacradas e por um simples detalhe que segundo ele o secretário Marcelo Bessa “esqueceu” de falar, que a casa onde Hermínio mora no conjunto Marechal Rondon pertencia ao pai de Andres e o rapaz havia morado naquele endereço, onde chegam não apenas as faturas, mas outras correspondências também.

E o Guga?

Em relação a prisão de seu filho, o deputado se emocionou mais uma vez ao falar sobre a prisão, “foi injusta, foi errada e foi covarde”. Para Hermínio, é inadmissível que uma investigação que durou um ano e oito meses, conforme disse a polícia, tenha cometido tamanha barbárie. “Mas tenho fé em Deus e acredito na justiça divina”.

Outro lado

Do lado governista, ninguém disse nada.

Porém

Com a operação esfriando começam a surgir algumas conversas de bastidores. Uma delas, revelada por pessoas bem próximas, informou que um dos maiores articuladores da Apocalipse junto ao judiciário foi o Chefe da Casa Civil Marco Antônio Faria, que teria mantido uma série de reuniões lá pelo Tribunal de Justiça. O próprio Faria afirmou, em conversa com interlocutores próximos, que “por lá ele tem trânsito livre”.

Mãe Dináh

E o Facebook, que naturalmente já é palco de discórdia entre casais pelo mundo inteiro, também fez estragos na Operação Apocalipse. Além de ter sido citado na nota do Ministério Público por diversas vezes, a rede social do Mark Zuckerberg deixou alguns magistrados irritados, principalmente pelo fato de um assessor muito próximo ao governador, ter postado um comentário afirmando que a juíza prorrogaria por mais 15 dias, o que totalizaria 45, o afastamento de Hermínio, o que não aconteceu. O comentário foi feito em um post de terceiros. E alguém viu a juíza também.

Na nota

O Ministério Público afirmou que pela rede, o próprio Marcelo Bessa, secretário de Defesa, dava dicas que a operação aconteceria, assim como assessores próximos e jornalistas. Para o MP isso é vazamento de informações. De fato, quem está na rede, soube bem antes que todo mundo o que estava acontecendo naquele dia. Acho que no dia em que o Mundo acabar de fato, também será por lá que as pessoas vão ser informadas. E claro, quem lê Painel Político também.

No Porto

O governador deve nomear como novo presidente do Porto de Porto Velho, o advogado Leudo Buriti, que atualmente é diretor financeiro da instituição. Pelo menos ele é o nome mais cotado. Ricardo Sá, atual presidente foi convidado a sair, para não ter que ficar dando explicações sobre o surgimento de seu nome nas investigações da Apocalipse. A estratégia é a mesma que foi adotada com os assessores enrolados na Termópilas. Todos foram devidamente realocados e esquecidos. Ricardo vinha fazendo um bom trabalho e desenvolvendo uma série de projetos. Vai fazer falta por lá.

E o casal?

Todo mundo quer saber quem é o casal clandestino que andava frequentando o apartamento do Mangabeira. Não vou contar. Ambos são casados. Vai que os cônjuges resolvem tramar alguma vingança, sei lá. Melhor deixar quieto. É capaz que apareça no meio do volumoso inquérito!

Mudança de rumo

E o governo montou uma nova estratégia para desarticular Hermínio. Segundo conversas que circulam nos corredores da Assembleia, assessores, deputados e até advogados que estão atuando a favor de Hermínio estariam sendo procurados por “amigos” que chegam com aquela conversa de “cerca Lourenço”, dizendo que só tem a perder quem ficar do lado do presidente. A idéia é deixa-lo falando sozinho.

Limpeza

A Assembleia poderia aproveitar esse momento e começar uma limpeza por lá. Três figuras que se fazem de “gato morto” já deveriam estar fora daquela Casa há tempos. Kaká Mendonça, Maurão de Carvalho e Neodi Carlos. O último, segundo o laudo pericial nº 388/2005-SR/RO constatou que ele recebeu 18 cheques que eram pagos a seus assessores na chamada “folha paralela”. Kaká foi acusado de ter desviado mais de R$ 1,3 milhão e Maurão foi acusado de ter recebido R$ 754.550.

Até hoje

Maurão e Kaká se fazem de desentendidos a respeito desse assunto. O escândalo desvendado pela Operação Dominó (Polícia Federal – 2006) era absurdo. A assembleia mantinha duas folhas de pagamento, uma oficial e outra que circulava apenas na Casa.

Nos bastidores

Do legislativo, enquanto Hermínio estava afastado, Kaká andou conversando com Carlão de Oliveira sobre formas de alterar o regimento da Casa, de forma a permitir uma nova eleição da Mesa. A idéia era, se fosse preciso, mudar até a Constituição do Estado e depois, se alguém quisesse, que entrasse com uma ação de inconstitucionalidade no STF. Até ela ser julgada a “Inês é morta”. Agora, pera lá. Tirar Hermínio para colocar Maurão e Kaká?

Outros

Que conseguiram safar-se foram Epifânia Barbosa, Jean Oliveira, Saulo da Renascer, Zequinha Araújo, Flávio Lemos e Euclides Maciel. Foram punidos de acordo com o regimento da Casa de Leis. Mas dois parece que não se preocuparam muito não. Ana da 8 e Jean Oliveira. A primeira conseguiu fazer a proeza de registrar em cartório que iria pagar contas de campanha com cargos e emendas e o segundo, não foi acusado, mesmo tendo nomeado, segundo a polícia civil, a esposa de “Beto Baba” em seu gabinete.

O que importa

De fato nessa história toda é que a sujeira foi exposta, tanto de um lado quanto de outro. Bater no legislativo é fácil, dado a seu longo histórico de lambanças. Mas é bom lembrar que em todas, absolutamente todas as operações em que deputados foram acusados, o Poder Executivo estava envolvido. E isso vem desde lá da época de Marcos Donadon presidente. E assim como nas operações anteriores, a fatura maior tem ficado com o legislativo. É preciso, de fato que explicações sejam dadas, tanto à sociedade quanto à justiça. Mas sem leviandades.

Falando nisso

A operação começou com graves acusações de tráfico de drogas, não foram encontradas substâncias entorpecentes com nenhum dos acusados. Em 1 ano e 8 meses não foi feita nenhuma filmagem ou fotografia de qualquer um dos presos comprando ou vendendo drogas. Não tem um indício sequer sobre o assunto, a não ser o depoimento de uma mulher que infelizmente faleceu. Acusação de tráfico é uma coisa seríssima e de extrema gravidade. Se de fato não houver nenhum indício de tráfico, como fica essa história toda?

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Comer feijão pode reduzir risco de desenvolver demência

Um estudo revelou que pessoas com anemia, uma condição em que o indivíduo tem níveis mais baixos de glóbulos vermelhos do que o normal, têm uma maior probabilidade de desenvolver demência. A causa mais comum de anemia, além de perda de sangue, é a deficiência de ferro. Para evitar a anemia, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em ferro, como fígado, carne, feijão e nozes. Mais de 2.500 pessoas com idade entre 70 e 79 anos participaram por 11 anos do estudo, em que foram feitos testes para anemia e testes de memória e raciocínio. No início do estudo, 393 pessoas tinham anemia e, por fim, 447 tinham desenvolvido demência. Aqueles que tinham anemia no início do estudo tinham uma quase 41% maior risco de desenvolver demência do que aqueles que não estavam anêmicos. Das 393 pessoas com anemia, 89 pessoas, ou 23%, demência desenvolvido, em comparação com 366 das 2.159 pessoas que não tinham anemia, ou 17%. O estudo foi publicado na revista “Neurology”.

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