O prefeito afirma que fechamento de BR foi desnecessário e nega que existam problemas no transporte de alunos na capital
Foto: Divulgação
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Na manhã desta segunda-feira (29) a BR-319, sentido Porto Velho (RO) – Humaitá (AM), amanheceu bloqueada por famílias de áreas rurais que não suportam ver os seus filhos sem direito de iniciarem o ano escolar em decorrência da falta do serviço de transporte escolar que deveria ser disponibilizado pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB).
A incapacidade de Hildon Chaves em realizar esse dever da administração municipal, também foi o motivo para o fechamento da BR-364 há duas semanas atrás. Quando o foco é na comunidade ribeirinha, o problema é ainda mais grave, já que existem escolas que sequer fecharam o ano de 2018.
Em decorrência disso, o Ministério Público do Estado de Rondônia – MP/RO, abriu uma denuncia contra Hildon Chaves acusando-o por crime de Improbidade Administrativa. Em entrevista recente do prefeito, ele diz que não é justo a mobilização dos pais, já que tudo não passa de “factoides” e “movimentação política”.
A entrevista concedida por Hildon Chaves à SIC TV e repercutida no blog do articulista político Carlos Caldeira, mostra a forma como Chaves vem encarando a indignação da comunidade. O prefeito afirma que foi algo “desnecessário”, uma vez que tudo está resolvido e dentro dos parâmetros legais.
“Nossos prazos são legais. Por exemplo, a paralisação da BR, em Extrema, foi totalmente desnecessária. Fecharam a estrada causando um transtorno enorme para a comunidade em uma situação que já estava resolvida. Isso é movimentação política de quem perdeu as eleições que está criando esses factoides”, afirmou Hildon Chaves. A declaração foi dirigida aos pais e mães que assistem impotentes seus filhos sem direito de entrarem em uma sala de aula desde o ano passado.
Na última semana, ônibus enviados por Hildon Chaves à comunidade da Ponta do Abunã registraram problemas mecânicos. A pequena frota é velha e sem condições de suportar o tráfego em linhas rurais, prejudicando novamente crianças ficaram sem acesso à sala de aula.
A expectativa é de que até o mês de julho um contrato definitivo seja celebrado e o problema finalmente chegue ao fim. Recentemente Hildon Chaves celebrou um contrato emergencial para serviço de transporte fluvial escolar, o problema é que a empresa contratada, localizada na cidade de Choró, no Ceará, não possui sequer uma embarcação para realizar o serviço.
Em uma tentativa de mobilização, a empresa apresentou embarcações da comunidade local que foram apresentadas para o transporte, porém nenhuma delas apresentou o mínimo exigido por Lei para garantir a segurança nessa espécie de atividade. Resta a comunidade esperar qual será o desenrolar dos fatos, já que de acordo com Hildon Chaves, esse é um “problema que já está resolvido”.
Veja a entrevista:
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!