Na manhã desta sexta-feira, 25, o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV), anunciou que, hoje, revogou o decreto assinado por ele mesmo em dezembro do ano passado, autorizando sepultamentos “duplos” no cemitério local. A medida provocou intensas discussões na cidade, com a maioria dos leitores deste site, que publicou a informação em primeira mão, desaprovando a decisão.
Ao voltar atrás, o prefeito explicou que apenas formalizou uma lei municipal em vigor desde 2011, tratando do mesmo assunto. “Levei em consideração o sentimento das pessoas”, disse o mandatário, explicando o recuo.
Japonês esclareceu que, apesar da polêmica, nenhum sepultamento “em dobro” foi feito após o decreto dele. E garantiu: mesmo com a norma em vigor, famílias que mantêm os túmulos cuidados e identificados não seriam atingidas pelo decreto. Segundo ele, o reaproveitamento das áreas seria feito apenas em relação aos túmulos em ruínas ou abandonados.
A entrevista foi concedida logo após uma visita de Eduardo ao cemitério, onde ele garante ter constatado que ainda há espaço para novos sepultamentos. Conforme o prefeito, aproveitando estas áreas, mais as covas sem identificação e em ruínas, o “campo santo” poderá ser utilizado por mais de um ano.
Japonês explicou que, além das medidas emergenciais, também adotará o sistema vertical de sepultamentos, utilizando construções com gavetas para os caixões.
O entrevistado aproveitou para pedir às pessoas que têm familiares sepultados no local que identifiquem as covas destes parentes e tranqüilizou os que já construíram jazigos identificados: “Nem se o decreto não tivesse sido revogado essas pessoas seriam atingidas”.
Ao finalizar a conversa, Eduardo esclareceu que, com as medidas adotadas e sem o risco de esgotamento do cemitério, ele terá tempo para providenciar outra área. O novo cemitério, em local ainda a ser definido, será repassado por concessão através de licitação.