O clima de medo e intimidação após o resultado das eleições no país tem levado o pânico aos estrangeiros que vivem no país
Foto: Divulgação
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Cidades sitiadas. Bancos, aeroportos, supermercados, todos fechados. Grupos violentos de centenas de militantes invadindo bairros e atacando moradores. Essa é a realidade que a maioria dos estudantes universitários brasileiros que residem na Bolívia, estão vivendo após o resultado da última eleição que deu o quarto mandato ao presidente Evo Morales.
Espancamentos coletivos e conflitos entre grupos pró e contra Evo Morales tornaram-se rotina nas ruas da Bolívia.
Aproximadamente 25 mil brasileiros estão matriculados nas universidades bolivianas, país onde encontram baixa concorrência e mensalidades mais baratas do que as cobradas no Brasil. O curso de medicina é um dos mais procurados por esses estudantes.
Porém, com a Bolívia se polarizando politicamente e os conflitos ficando cada vez mais violentos, esses estudantes passaram a ser visto como inimigos por grupos mais radicais. Essa parte da população boliviana, leva em consideração contextos históricos e culturais responsáveis por faíscas de animosidade entre os países.
Áudios vazados e terror
O medo dos brasileiros aumentou após áudios circularem nas redes sociais afirmando que esses estudantes brasileiros poderiam servir de álibi para uma possível intervenção brasileira na região.
Em um áudio de um informativo boliviano que circula pelas redes sociais, o locutor afirma que o presidente Evo Morales recebeu com muita preocupação a informação de que o Ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo e Silva, teria ser reunido para tratar sobre esse problema vivido pelos estudantes brasileiros em meio à convulsão social que a Bolívia está passando.
Imagens registradas por camêras de segurança mostra grupo invadindo bairro e espancando morador na Bolívia.
Um vídeo registrado por uma advogada brasileira que conseguiu chegar até o aeroporto por estar dentro de uma ambulância e acompanhada de um paciente hemofílico mostra o medo que qualquer brasileiro vem sentindo ao andar pelas ruas enquanto a situação não se define de uma vez.
Durante os conflitos um cartaz com os dizeres: “Brasileiros essa luta é da Bolívia, se opinar vocês irão embora”, foi fotografado e mostrou a medida do clima de tensão ao quais cidadãos brasileiros estão vivendo.
Prejuízo
Outro receio dos estudantes é perder o semestre letivo. Diversas universidades estão fechadas e outras abertas parcialmente. A maioria já está ministrando aula via transmissão por internet para evitar que os alunos fiquem exposto ao clima de violência que tomou conta do país.
Vídeo mostra advogada brasileira indo para o aeroporto escolatada por grupo armado para o confronto.
Um abaixo assinado com mais de cinco mil assinaturas de estudantes brasileiros que vivem na Bolívia pedindo o apoio do Governo Brasileiro está sendo divulgado na internet.
De acordo com Suzana Soares, mãe de dois estudantes sitiados na Bolívia, nesta sexta-feira (1) alguns bancos e mercados já passaram a funcionar parcialmente. Eles vivem na cidade de Cochabamba, que é um dos maiores centros urbanos bolivianos. Um supermercado abriu pela manhã dando oportunidade para que fosse comprada comida e água, que estão sendo estocadas.
Após o acordo entre OEA e o governo boliviano de que haveria recontagem dos votos, a situação tende a ficar mais amena na Bolívia esse final de semana, porém a tensão permanece junto com a incerteza.
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