Essa nova ocorrência constitui uma ameaça às espécies de peixes nativas, já que o pirarucu é uma espécie topo da cadeia trófica (predador) e pode ocasionar impactos a outras espécies existentes na região.
Foto: Assessoria
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O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, participou, no dia 9 de fevereiro, de uma reunião da Câmara Técnica de Ordenamento Pesqueiro, na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), para discutir os impactos da ocorrência do peixe pirarucu nas localidades a montante da Cachoeira do Teotônio, no rio Madeira, onde anteriormente não havia registro dessa espécie. Essa nova ocorrência constitui uma ameaça às espécies de peixes nativas, já que o pirarucu é uma espécie topo da cadeia trófica (predador) e pode ocasionar impactos a outras espécies existentes na região.
A reunião contou com a presença do professor da Universidade Federal do Estado do Paraná e coordenador do Laboratório de Ecologia e Conservação do Departamento de Engenharia Ambiental do Setor de Tecnologia, Jean Ricardo Simões Vitule, que veio a Rondônia a convite daCoordenadora do Grupo de Trabalho Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela Coletiva, Promotora de Justiça Aidee Moser Torquato Luiz.
Também participou da reunião, a professora do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Rondônia, Carolina Rodrigues da Costa Doria, que abordou o cenário da distribuição do pirarucu no estado de Rondônia. Durante sua apresentação, ela levantou a hipótese de que o pirarucu que ocorre nessa área não é nativo do estado de Rondônia e é possível que sejam oriundos de cativeiro ou tenha vindo da Bolívia e Peru. Ressaltou ainda que a alteração do ambiente nos reservatórios pode ter favorecido tanto a proliferação, quanto o estabelecimento desses peixes nessas localidades.
Após a reunião, a Promotora de Justiça Aidee Moser Torquato Luiz acompanhou uma visita técnica na Vila Nova de Teotônio, com intuito de ouvir dos pescadores a situação atual de ocorrência do Pirarucu no reservatório e saber a opinião deles acerca das medidas que poderão ser tomadas, a exemplo de um plano de manejo ou a captura dos peixes independente desse plano.
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