Estão presos o Sargento da Polícia Militar Isac Soares da Silva e os Soldados da Polícia Militar, Geziel Noimam Andrade, Rosiana Maria da Rosa e Diovandres Roberto Pagung. A prisão temporária foi decretada pelo prazo de trinta dias para possibilitar a continuidade das investigações e assegurar a eficaz aplicação da justiça.
Entenda o caso
Na madrugada do dia 13 de janeiro os policiais, ora presos, registraram ocorrência na qual noticiaram a morte do jovem. Segundo os policiais, Welvis teria sido alvejado por um disparo efetuado após intensa perseguição policial realizada em alta velocidade. Ainda segundo os policiais, por possuir características físicas semelhantes ao autor de um crime de duplo homicídio ocorrido algumas horas antes, em Cacoal, Welvis teria sido perseguido e orientado a parar através de sinais sonoros, sinais verbais e sinais de alerta (disparos para o alto).
De acordo com a narrativa dos policiais, Welvis teria empreendido fuga em alta velocidade e, durante a perseguição, sacado de uma arma de fogo de fabricação caseira (“garrucha”) e, após apontá-la pela segunda vez aos policiais, estes teriam, em legítima defesa, efetuado um disparo contra ele, causando-lhe a morte, sendo que imediatamente teriam solicitado socorro ao Corpo de Bombeiros.
Ocorre que a versão apresentada pelos policiais não encontra respaldo nos elementos colhidos na investigação. Segundo consta, Welvis empreendeu fuga por estar com os documentos de sua moto vencidos e temer o recolhimento do veículo. Ademais, constatou-se que a tal garrucha encontrada no local só veio a aparecer bem mais tarde do que o indicado pelos milicianos.
Se não bastasse, constatou-se que o socorro fora chamado tão somente após já terem se passado aproximadamente quarenta minutos do disparo que atingiu a vítima e, ainda, que o tiro fatal foi disparado com a arma encostada na nuca do jovem, caracterizando-se, sem margem para discussão, a sua execução sumária.
A prisão temporária dos policiais garante tranquilidade para que eventuais testemunhas possam procurar a Delegacia de Polícia e colaborar com as investigações, além de assegurar à população de Cacoal que atos como o praticado não ficarão impunes, sem contar que se busca, também, preservar a imagem da corporação da Polícia Militar, que presta relevantes serviços à sociedade e é atingida por episódios como estes, que maculam a confiança da população em seu trabalho